Apesar da classificação para a próxima fase da Copa do Brasil, o Santos apresentou falhas na vitória por 1 a 0 sobre o Ceilândia, nesta quinta-feira (23). O time, por exemplo, desperdiçou chances de gol e cedeu espaços na defesa.
A artilharia santista parou no goleiro Henrique e protagonizou diversos chutes para fora, no primeiro tempo. Na etapa, o Peixe somou oito finalizações, sendo apenas três na direção da meta adversária, segundo dados da plataforma Footstats. Em todo o jogo, foram 13 arremates, mas só quatro no gol, resultando em um aproveitamento de 30,8%.
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- Com o volume que a gente criou até os 35 do primeiro tempo já merecíamos estar vencendo a partida. A gente não foi efetivo igual o último jogo, mas a gente criou volume, oportunidades, intensidade. Fomos dominantes, ganhamos todas as ações de primeira e segunda bola, e o gol não saiu. A diferença para o jogo da Vila Belmiro foi isso. Se o gol sai com oito minutos, com certeza o jogo se daria de uma outra forma - comentou o técnico Odair Hellmann, na coletiva de imprensa após o confronto.
Odair se referiu à partida contra a Portuguesa, realizada na casa alvinegra no último domingo (19), na qual o Santos tinha 3 a 0 no placar com 32 minutos da etapa inicial. O primeiro gol, por exemplo, saiu aos 2 minutos de jogo. A eficiência do sistema ofensivo tranquilizou o time paulista no restante do duelo, algo que não aconteceu no Estádio Serejão, em Brasília.
Aproveitando a ansiedade do Peixe, causada pelo baixo aproveitamento nas chances, e as lacunas defensivas, já que o time atacava com praticamente todos os jogadores e cedia espaços, o Ceilândia não se intimidou e ameaçou o Alvinegro Praiano em contra-ataques e bolas paradas. A equipe do Distrito Federal teve pelo menos três grandes chances, com Milla, Gabriel e Doglão.
- Quando o gol não sai com todo esse volume, intensidade e chances criadas, em um jogo decisivo de uma partida só... Sentimos a sequência física que estamos tendo. O campo deixa o jogo mais lento, por isso buscamos variações para seguirmos dominantes na partida. Não viemos para nos defender e buscamos a vitória. O gol não saía, gera uma ansiedade. O mais importante é a vitória e a classificação. Daqui um dia e meio já temos uma outra decisão por classificação - completou Hellmann.
A decisão citada pelo treinador é contra o Corinthians, neste domingo (26). O clássico é determinante para o Peixe buscar a classificação para as quartas de final do Paulistão.
Quarto colocado geral, dono do quarto melhor ataque e da segunda melhor defesa do Estadual, o Timão tem uma equipe infinitamente superior à do Ceilândia, isso é indiscutível. Se o Santos não for efetivo nas fases ofensiva e defensiva, como demonstrou no duelo da Copa do Brasil, a vitória diante do rival é quase inimaginável.
O QUE DISSE ODAIR SOBRE O CLÁSSICO
- Temos que levar a confiança, a ideia de jogar. Quando a gente vê a posse de bola... É a gente fazer o nosso trabalho, que está evoluindo, as movimentações, os passes para definição. Sem bola, ser organizado, intenso. O Corinthians está há uma semana sem jogar, a gente vêm de uma sequência decisiva, não só do aspecto tático e físico, mas tem o aspecto emocional. A gente chega amanhã à noite em Santos, no sábado de manhã tem 15 minutos de treinamento. É tentar recuperar a equipe para desenvolver o jogo que a gente quer propor com bola e também no momento que a gente não tiver sem a bola. O Corinthians procura ter a bola, trocar passes.