Após abrir inquérito polícial alegando sumiço de pertences, vice do Santos afirma: ‘Ninguém me deu satisfação’
Orlando Rollo prestou queixa direcionada ao presidente santista, José Carlos Peres, por sumiço de bens pessoais de sala da vice-presidência, hoje desativada
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Vice-presidente do Santos, afastado do cargo por meio de portaria expedida pela atual gestão do clube, Orlando Rollo abriu um inquérito policial direcionado a José Carlos Peres, presidente em exercício, no dia 29 de fevereiro, alegando apropriação indébita de inúmeros pertences pessoais de sua sala desapropriada.
Entre os bens estão um relógio que pertenceu a Pelé, 250 reais, 150 euros em espécie, entre outras coisas.
A informação foi publicada inicialmente pelo "UOL" e confirmada pelo LANCE!.
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Em contato exclusivo com o L!, Rollo alegou que ao buscar o paradeiro dos seus objetos não obteve posicionamento dos responsáveis pela administração do Peixe.
– Eu saí de licença e quando voltei a sala não existia mais. Simplesmente havia sido demolida e os meus bens particulares que lá estavam sumiram. Ninguém me deu satisfação de nada – disse.
O processo conta com três testemunhas, entre elas o advogado Mário Badures, que, segundo a defesa do vice-presidente, foi a última pessoa a participar de uma reunião na sala, no dia 1º de novembro de 2018, quando ainda era funcionário do Departamento Jurídico santista. Após isso, o local teria sido desapropriado e transformado em um ambiente de recepção com sofás e mesa de centro.
De acordo com o inquérito, Orlando notou o desaparecimento dos pertences no dia 11 de novembro de 2019, quando assumiu interinamente a presidência do Peixe devido a suspensão de José Carlos Peres pelo STJD. Ele ainda afirma que a dala foi violada e gavetas então trancadas foram arrombadas.
Internamente, a diretoria do Santos não esboça preocupação com o caso e se vê calçada juridicamente em relação as acusações, sentindo-se resguardada pelo controle de acesso e andares, além da filmagem das salas.
Rollo e Peres estão rompidos praticamente durante todo o mandato, que iniciou em janeiro de 2018. No início, a dupla procurou não transparecer o desentendimento interno, mas a partir do segundo semestre as divergências foram trazidas a tona por meio de declarações públicas de ambos.
O histórico de desavenças entre os dois envolve diversos episódios, como aprovação de impeachment de Peres junto ao Conselho Deliberativo, seguido de reprovação em Assembleia de Sócios, demissão de funcionários ligados a Rollo, licença do vice entre janeiro e novembro de 2019 e, mais recentemente, a elevação interina de Orlando a presidência do Santos.
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