A estreia de Rodrigão no Santos foi digna de artilheiro: com gol logo no primeiro chute. Mas não é só de sonhos que vive o novo centroavante do Peixe.
Neste domingo, contra o São Paulo, às 16h, no Pacaembu, o camisa 22 vive a expectativa de jogar seu primeiro clássico pelo Alvinegro. Sua última lembrança de um clássico é boa e inspiradora para um goleador.
– No Clássico dos Maiorais (Campinense e Treze da Paraíba), neste ano, fiz dois gols e saí bem feliz. Tomara que eu possa ajudar o Santos nesse jogo que vai ser bem importante – diz, ainda tímido, em entrevista ao LANCE!.
A ansiedade não se deve apenas à importância do San-São. O palco do jogo também despertou a vontade de Rodrigão em conhecer mais um estádio. Baiano de Belmonte e ex-jogador de Democrata-MG e Campinense, o jogo de deste domingo será seu primeiro no Estádio do Pacaembu. Antes, ele só tinha visto pela televisão.
– Só conhecia pela televisão, de assistir alguns jogos. Agora quero pisar lá. É um sonho – acrescenta.
Em 90 minutos, sua parceria com Gabriel resultou em três gols e uma comemoração que não acontecia no Santos há algum tempo. A roda que reverencia o céu deu lugar ao animado ritmo musical do Arrocha.
Nessa hora, Rodrigão deixou a timidez de lado e mostrou que está com a coreografia em dia. Gabigol, quem puxou a dança, é também companheiro de concentração do atacante e seu mais novo amigo.
– Sou fã do Arrocha, sou baiano, ouço bastante. A resenha (com Gabigol) foi boa depois do gol, agora é manter esse entrosamento – conclui o aspirante a artilheiro do Santos, que desbancou Joel logo que se recuperou de entorse no tornozelo.
Nas redes sociais, alguns torcedores querem batizá-lo de Rodrigol.
Um xará que também passou pelo Peixe “autorizou” a divisão do apelido, por uma boa causa.
– Ele tem potencial para dar muitas alegrias ao torcedor do Santos. E torço pelo seu sucesso. Não me importaria de dividir com ele o apelido de “Rodrigol” – disse Rodrigão, que passou pelo Alvinegro entre 1999 e 2001 e marcou 20 gols em suas duas passagens pela Vila Belmiro.
Com a palavra, Rodrigão, ex-atacante do Santos, autor de 20 gols:
Meu xará teve uma estreia excelente. Fez gol, deu assistência, abriu espaços para os companheiros e mostrou que sabe usar bem seu porte físico no jogo aéreo e nas disputas de bola com zagueiros e volantes adversários.
Fazendo uma comparação comigo, quando comecei minha carreira no Santos, destaco o fato de ele também ser um atacante com presença de área e que realiza bem o trabalho de pivô. O início do Rodrigão foi muito bom. Ele tem potencial para dar muitas alegrias ao torcedor do Santos. E torço pelo seu sucesso. Não me importaria de dividir com ele o apelido de Rodrigol que ganhei em minhas duas passagens pelo clube (risos).