O Santos chegou a liderar o Campeonato Brasileiro, conseguiu uma grande classificação para próxima fase da Copa do Brasil ao eliminar o Coritiba e avançou para próxima fase da Copa Sul-Americana. Mas, meses depois, a situação mudou: o time não vence há 12 jogos e a pressão interna é enorme.
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Após a derrota para o Flamengo neste sábado, por 2 a 1, na Vila Belmiro, a diretoria santista se reuniu para conversar sobre a situação do técnico Fabián Bustos. A cúpula santista já não vê mais o treinador argentino como uma unanimidade e sua permanência divide o Comitê de Gestão do clube.
Um lado ainda enxerga um time competitivo em jogos contra equipes mais fortes, como Flamengo, Atlético-MG e Palmeiras. A derrota para o Corinthians por 4 a 0, fora de casa, pelo duelo de ida da Copa do Brasil, joga "contra" esse argumento.
O empate contra o Deportivo Táchira, na Venezuela, era considerada um jogo de "risco" pelo desgaste da viagem e por se tratar de um time completamente diferente do habitual, mas algumas decisões do treinador foram questionáveis no entender de parte do CG.
O encontro determinou a permanência do treinador, pelo menos por enquanto. O Santos enfrenta o Táchira, no jogo da volta da Copa Sul-Americana, no meio de semana. No domingo, às 18h, encara o Atlético-GO, pelo Campeonato Brasileiro. São oportunidades de colocar fim no jejum de vitórias na Vila Belmiro.
Em caso de resultados negativos nessas partidas, a chance do treinador cair aumenta consideravelmente. Após o revés contra o Corinthians, a diretoria ficou insatisfeita, mas ainda não falava em demissão. Uma eliminação para o Táchira na Sul-Americana é considerada inaceitável.
No lado dos torcedores, alguns argumentos do treinador são constantemente questionados. A situação da arbitragem foi vista como "desculpa" após atuações ruins. Algumas indicações do treinador, como Jhojan Julio e Angulo, que ainda não conseguiram render o esperado, são críticas.
Depois do duelo contra o Flamengo, no sábado, o Fabián Bustos falou sobre a pressão que vem sofrendo e voltou a falar em manter a equipe competitiva para a sequência da temporada.
- Eu tenho que fazer meu trabalho, tratar de ser competitivo e conseguir os resultados. Essa é uma equipe que quase caiu no Paulistão. Chegamos ao final, vencemos o último jogo e conseguimos nos manter na divisão. Algo que nunca havia passado, uma vergonha muito maior. No Brasileirão, vamos competir, ser parelhos em quase todos os jogos. No Brasileirão, o que a gente jogou mal foi contra o Goiás como visitante, não fizemos um bom jogo. Na Copa do Brasil, passamos em três fases. Vergonha foi o que passamos da outra vez (Corinthians), não jogamos bem e o resultado. Na Sul-Americana, agora temos a chance, em casa, de passar e continuar conseguindo. No Brasileirão também, tentar seguir ganhando - disse o Bustos.
O Alvinegro Praiano volta a enfrentar a equipe Venezuelana nesta quarta-feira (6), na Vila Belmiro, pelo confronto de volta da Sul-Americana. O Peixe precisa de uma vitória simples para avançar de fase na competição. Qualquer empate leva o jogo aos pênaltis e uma derrota, a eliminação.