‘Cabeça boa’, Neto Berola surpreende pelo alto e já fala em Libertadores
Baixinho de 1,72m e autor de dois gols de cabeça pelo Santos, atacante se diz habituado a marcar pelo alto e aposta em experiência na Libertadores para ficar no time ano que vem
Apesar de ter chamado atenção do Santos por suas atuações no Atlético-MG, Neto Berola não é mineiro, e sim, baiano. O que não o impede de ser um especialista em comer quieto, avançar pelas beiradas. Com apenas 1,72m, ele fez dois gols de cabeça nos últimos dois jogos do Peixe e se firmou como boa opção para Dorival Júnior.
Apesar de muitos santistas terem se surpreendido com os feitos, isso não é mais novidade para o atacante do Peixe, hoje aos 27 anos.
– Isso aí eu já treino muito. É só você ver que dos meus últimos cinco gols, quatro foram de cabeça. Antes desses do Santos eu já tinha feito pelo Atlético-MG e nos Emirados Árabes também. Estou cada vez mais aprimorando e fico feliz, porque os zagueiros não olham muito para os baixinhos na área, aí a gente vai e surpreende – conta, ao LANCE!, Neto Berola, que, por coincidência, já está ficando até com o cabelo iluminado. Mas não é tinta, segundo ele. Apenas sol.
BATE-BOLA com NETO BEROLA
ATACANTE DO SANTOS, ao LANCE!
Você chegou no Santos no início do ano, mas agora que vem ganhando espaço. É essa sua chance de mostrar que merece ficar?
Tenho muito a melhorar ainda. Quando cheguei já estava há um ano fora do Brasil, demorei um pouco a me adaptar por causa de uma contusão. Mas nesses três ou quatro meses em que estive aqui, tive muito o que aprender, foi adaptação boa. Agora eu cheguei no Santos! Se tiver que ficar depois do Paulista do ano que vem, vou ficar, porque gostei do clube, gostei da cidade, as pessoas são legais, estou muito feliz e realizado aqui hoje.
Os outros jogadores comentam e brincam sobre as suas piruetas. Por que gosta de fazer isso?
Eu sempre faço nos treinamentos, quando tenho oportunidade. Já fiz um gol de voleio na Libertadores, pelo Atlético-MG, e espero que daqui a pouco possa sair um aqui. Às vezes treino umas bicicletas aqui. Um dia sai.
Seu cabelo está ficando mais claro? Depois dos gols de cabeça está sendo mais iluminado?
(Risos) Graças a Deus! Deus vem me iluminando, me abençoando com esse trabalho, meus companheiros estão me dando apoio dentro de campo e o Dorival e a comissão técnica sempre conversam com a gente. Mas o cabelo é porque eu era loiro quando criança, então quando o sol está muito quente o cabelo vai dando uma clareada natural. Não cheguei a pintar, não.
Acha que esse seu estilo faz com que seus companheiros simpatizem e apoiem mais no grupo?
Ajuda muito. Os caras comemoraram muito meus gols, eles sabiam que eu estava precisando disso. Sou muito brincalhão na hora do treino e isso ajuda a alegrar o ambiente do grupo, que já tinha um ambiente muito legal. O Santos tem isso e acho que minha presença ajuda, sim. O grupo é unido.