Clima de guerra na Vila Belmiro também ‘explode’ vestiário do Santos após derrota para o Corinthians
Recusa do goleiro João Paulo em se juntar ao elenco no meio-campo após a partida e entrevista dada à detentora dos direitos de transmissão gerou incômodo entre os atletas do Peixe
- Matéria
- Mais Notícias
A ‘praça de guerra’ que virou a Vila Belmiro no fim da partida contra o Corinthians, na última quarta-feira (21), refletiu também no ambiente do vestiário do Santos. A permanência do goleiro João Paulo no banco de reservas com o técnico Odair Hellmann, demitido nesta quinta-feira (22), enquanto os demais jogadores ficaram no centro do gramado, cercado por seguranças, pegou mal entre os jogadores.
Relacionadas
Além disso, o restante do elenco santista ficou incomodado com o fato do capitão da equipe ter dado entrevista à detentora dos direitos de transmissão mesmo enquanto alguns torcedores atiravam bombas em direção ao gramado.
+ Até 70% OFF em produtos do Peixe para os torcedores fanáticos!
Na fala, João Paulo citou o protesto que a torcida do clube alvinegro havia feito no último sábado (17), na porta do CT Rei Pelé, onde lideranças de algumas organizadas foram convidadas a entrar e conversar com atletas. Na ocasião, o único que parou para conversar ‘olho no olho’ foi o goleiro, que teria dito que não havia outro resultado a não ser a vitória contra o Timão.
- Primeiramente, vou pedir desculpas ao torcedor. Infelizmente, hoje foi uma vergonha. Não dito nem pelo resultado em si, mas pela forma que foi. Pela sequência negativa. Tivemos reunião com a torcida, tivemos uma cobrança e sabíamos que tínhamos que fazer diferente. Tínhamos que buscar a vitória. Vitórias, empates e derrotas são normais no futebol, acontece, mas o que pesa é a sequência que a gente vem tendo . Sabemos da força que temos na Vila Belmiro e estamos, aos poucos, perdendo ela. Isso está complicando a nossa caminhada. Só pedir desculpas ao torcedor. Infelizmente, hoje é uma mancha na história do Santos - disse João Paulo ao Premiere após a derrota do Peixe para o Corinthians.
Para os demais integrantes do elenco santista a declaração foi uma forma do goleiro limpar a sua imagem com a torcida e expor o restante do grupo que tentava defender a sua integridade física.
+ Santos vai buscar novo técnico! Confira treinadores estrangeiros livres no mercado
Mesmo com o incômodo do grupo de jogadores em relação à atitude de João Paulo, não houve discussões acaloradas no vestiário após a partida, tampouco no ônibus que deixou a Vila Belmiro escoltado pela Polícia até o CT Rei Pelé, mas o clima era desconfortável, de poucas conversas e um isolamento de João Paulo em relação aos demais jogadores.
E a relação entre boa parte do plantel santista e o capitão não era boa há algum tempo. O incômodo de boa parte do elenco com o goleiro iniciou no segundo semestre do ano passado, quando os direitos de imagem do jogadores ficaram atrasados durante dois meses (agosto e setembro). A expectativa dos jogadores era que João, como líder, tomasse o diálogo com a diretoria em nome do grupo. Porém, a postura do atleta foi vista como individualista pelo restante do plantel.
Mais lidas
Newsletter do Lance!
O melhor do esporte na sua manhã!- Matéria
- Mais Notícias