O Santos espera conseguir finalizar a compra do terreno em São Vicente até o fim do semestre, mas enfrenta a concorrência de uma outra empresa. A área, localizada no bairro da Cidade Náutica, tem cerca de 280 mil metros quadrados e pertence à Associação de Funcionários da Cosipa, ligada à Usiminas. Metade do terreno está pronto para uso, caso seja adquirido pelo Peixe, pois tem campos de futebol à disposição (são cerca de 147 mil metros quadrados). A outra metade do terreno é composta por vegetação e não há licença ambiental para explorá-la. Agora, resta ao Alvinegro vencer a concorrência da TRX.
A TRX, que pretende usar a área para logística e armazenamento, teria feito uma proposta de pagamento à vista de cerca de R$ 41 milhões à Associação de Funcionários. O Peixe, por sua vez, oferece R$ 43 milhões em parcelas - primeiro uma entrada de R$ 20 milhões, depois parcelas quadrimestrais de R$ 2,5 milhões. O valor oferecido pelo Peixe foi inicialmente revelado pelo Yahoo Esportes.
A favor da TRX, é claro, conta o fato do pagamento ser à vista. A favor do Peixe, duas coisas: a primeira delas é a finalidade esportiva, algo bem visto pela prefeitura da cidade e pela Usiminas, a segunda é a relevante quantidade de parcerias propostas pelo clube à produtora de aço, como o nome da empresa nas placas do CT, uso do material produzido por eles em futuras construções no local, entre outras coisas.
O Santos entende que atualmente tem um grande problema para administrar: a falta de campos para deixar confortáveis todas as suas categorias de base (sub-11, 13, 15, 17, 20), além do sub-23 e das Sereias da Vila. O CT Meninos da Vila, além de considerado ruim, não suporta receber todas as categorias e o CT Rei Pelé tem sido usado ao extremo na área de grama sintética, ao lado dos campos exclusivos do time profissional. Por isso, caso de fato consiga comprar, o Alvinegro pretende começar a usar a área o quanto antes.
Atualmente, todas as propostas estão na mãos da Cosipa e não há prazo para que o assunto seja definido. Conforme rege o Estatuto do clube, o Comitê de Gestão por si só tem autonomia para aprovar a compra do terreno, desde que respeite o orçamento do Santos.