A decisão do caso envolvendo o volante Carlos Sánchez só deve ser divulgada pela Conmebol na manhã desta terça-feira. O Santos ainda não foi notificado da decisão da entidade e, em contato com o LANCE!, o Independiente também garante não ter qualquer indício de qual foi a decisão tomada pela entidade sul-americana. A partida de volta acontece nesta terça, às 19h30, no Pacaembu, válida pelas oitavas de final da Libertadores.
- O que sabemos é que Sánchez foi usado de maneira irregular e que o Santos não buscou saber de seus antecedentes. Não temos informação sobre o julgamento. É uma decisão que cabe ao tribunal de disciplina. Viemos para jogar um jogo com toda a responsabilidade, como fazemos sempre - disse Hector "Yoyo" Maldonado, diretor do Independiente, ao L!.
- Acreditamos que a decisão saia até amanhã antes do almoço ou depois do jogo. Perto do jogo, creio que não vão se posicionar. O prazo foi curto, é complexo, e temos que aguardar a decisão. Vamos avaliar o prejuízo ou não no caso concreto. Sob o ponto de vista desportivo, é complicado deixar a decisão para o dia do jogo. Por outro lado, é um sinal de que a nossa defesa está sendo analisada minuciosamente - disse o advogado Mário Bittencourt, ao Sportv. É um dos que representa o Peixe na causa.
Bittencourt está em Luque, no Paraguai, com mais dois advogados e com o presidente José Carlos Peres. A audiência aconteceu na tarde da última segunda-feira, e durou mais de três horas, sem um desfecho para qualquer um dos lados. O Santos promete ir até o fim para lutar pelo que acredita ser sua inocência no caso. Há a possibilidade, inclusive, de entrar com recurso depois da partida, caso a decisão seja desfavorável.
O Santos, publicamente, expôs sua defesa baseada em dois fatores primordiais: o primeiro deles é a consulta ao sistema da própria Conmebol, o Comet, no qual não constava nenhuma suspensão ou sanção envolvendo Sánchez. E o segundo é o fato da entidade ter assumido a culpa no caso de Bruno Zuculini, atleta do River Plate que vinha atuando na Libertadores mesmo tendo sanções a cumprir.
O problema é que os casos são distintos no fato de que o River enviou um ofício consultando a Conmebol a respeito da situação de seu jogador e obteve uma liberação formal da entidade. No caso do Santos, o jurídico do clube baseou-se apenas no sistema e não fez uma consulta à entidade, até por não ter conhecimento a respeito da suspensão de Sánchez datada de 2015.
Seja como for, é certo que o Peixe precisará de uma vitória para eliminar o Independiente, já que a partida de ida foi 0 a 0. Caso seja responsabilizado pelo uso irregular de Sánchez, terá de reverter o placar de 3 a 0 no Pacaembu. Todos os ingressos disponíveis para a torcida alvinegra já foram vendidos.