Peres diz não ter ligação com liminar que anula votação do impeachment

<span style="font-family: opensans_semibold; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400;">Conselheiro Fernando Turiani Fernandes conseguiu resultado favorável à anulação da votação no Conselho Deliberativo do clube, mas presidente fala em 'não perder o foco'</span>

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O resultado da votação do Conselho Deliberativo do Santos, que deu prosseguimento aos dois processos de impeachment do presidente José Carlos Peres, está suspenso. O conselheiro Fernando Turiane Fernandes entrou com uma ação na Justiça pedindo a anulação do pleito, teve o pedido atendido e, com isso, invalidou também a Assembleia Geral marcada para o dia 29 de setembro, na Vila Belmiro, na qual os sócios decidirão a respeito do impeachment.

Por enquanto, o clube ainda não foi notificado oficialmente da decisão tomada pelo juiz da 4ª Vara Cível de Santos, Frederico Santos Messias. Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, no CT Rei Pelé, Peres afirmou que seus advogados não tiveram envolvimento nenhum com a ação movida pelo conselheiro e por seu advogado pessoal, dr. Jorge Leão Freire Dias, que, à Gazeta Esportiva, na madrugada desta terça, disse que foi concedida a tutela de urgência, o que equivale a liminar. 

- Houve pressão. A comissão também chegou a uma conclusão equivocada que teria de ser com todos os votantes. Não sabia que ele tinha entrado. Eu fiquei sabendo 2h da manhã. Esta liminar não é a minha. Foi um conselheiro do clube revoltado com o dia da Assembleia. Foi uma votação totalmente equivocada. Precisava ter dois terços dos presentes, de quem assina a lista de presença - explicou Peres, citando a votação no Conselho Deliberativo.

Em reunião extraordinária do Conselho Deliberativo, no último dia 10 de setembro, estiveram presentes na sessão 248 conselheiros, contados membros da Comissão de Inquérito e Sindicância, que não tiveram direto a voto. Assim, ambos os pedidos tiveram a aprovação de 165 conselheiros. No processo, consta que eram necessários 166 votos para a aprovação ser válida, só assim atingiria os dois terços dos presentes, como rege o estatuto. O presidente seguiu com as explicações e disse querer que a votação aconteça: 

- Essa foi uma ação de um Conselheiro que se sentiu prejudicado. Ele viu como foi a votação. Mas não vamos perder o foco. Estamos pensando no sábado, se Deus quiser teremos votação grande. Pedindo para o torcedor de São Paulo. E a escolha dele são duas opções: ou continuar crescendo ou voltar para o passado. Estamos em frente. Queremos o pleito no sábado e que o conselheiro tenha direito a escolher. Não ter urna em São Paulo foi um tapa na cara do torcedor de São Paulo. É inadmissível - disse, e completou:

- Como vão gastar dinheiro e vir votar aqui? Os que residem no interior e ter que se deslocar para votar em São Paulo. Eu diria 15 dias depois da eleição brasileira e passar para depois. O país também passa por turbulência. Esse drama político no Brasil também reflete nos clubes. Há dificuldades.

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