Conselheiros do Santos elaboram requerimento com pedido de impeachment contra Andres Rueda
Presidente alvinegro é acusado de gestão temerária, mas sem cometimento de atos ilegais
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Cerca de 30 conselheiros do Santos assinaram um documento que pede o impeachment de Andres Rueda. O mandatário santista é acusado de praticar gestão temerária e de acarretar prejuízo ao patrimônio e imagem do clube, embora não tenha cometido atos ilícitos. A articulação ganhou força na última semana, mas o número de assinaturas ainda está abaixo das expectativas do grupo opositor ao presidente alvinegro.
Esta é a segunda tentativa de impeachment contra Rueda neste ano. Na primeira, o Conselho Deliberativo não deu prosseguimento ao processo. A tendência, segundo apuração da reportagem do L!, é que o novo pedido também seja 'engavetado'.
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O DOCUMENTO
O pedido de impeachment se baseia, principalmente, no conceito de 'gestão temerária', explicado da seguinte forma no documento que o LANCE! teve acesso: "O conceito de gestão temerária, recai para aquele indivíduo que embora não tenha o dolo específico, ele administra a Instituição de tal forma irresponsável, ele faz uma administração assumindo o risco que extrapola o limite que o mercado estabelece".
Ou seja, uma gestão temerária engloba erros cometidos pela administração, mas sem necessariamente ter acontecido atos ilegais. Algumas das irresponsabilidades acusadas pelos conselheiros são:
- Constantes trocas de técnicos e diretores de futebol;
- Deterioração da imagem e marca "Santos Futebol Clube" ;
- Muito dinheiro investido em contratações que não se justificaram
- Desempenho esportivo (três anos seguidos do time sendo desclassificado do Paulistão sem avançar às quartas de final e lutas contra o rebaixamento)
- Risco de não participação na Copa do Brasil 2024
- Atitudes que colocam em perigo a integridade da instituição
O grupo aponta Rueda como um presidente "centralizador", que não possui o conhecimento necessário para tomar decisões esportivas. Eles julgam que o mandatário não teria se cercado de pessoas que pudessem contribuir para um cenário diferente.
Por fim, o documento alega que a iniciativa não possui viés político ou motivações pessoais, se baseando apenas em interesses que beneficiam o Santos.
E AGORA?
O grupo de conselheiros pretende conseguir mais assinaturas para, então, encaminhar o requerimento ao presidente do Conselho Deliberativo, Celso Jatene, que decide se dará prosseguimento ao processo.
Caso a mesa do Conselho Deliberativo opte por acatar o processo, o documento é encaminhado à Comissão de Inquérito e Sindicância (CIS), que terá cinco dias para informar o presidente do clube. Após tomar ciência do caso, o mandatário tem 10 dias para apresentar sua defesa.
A CIS transmitirá o parecer final ao Conselho Deliberativo. Em sequência, inicia-se uma série de votações para a tomada da decisão final.
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