Conhecido pela tradição de revelar talentos para o futebol brasileiro, o Santos inicia a caminhada na Copa São Paulo de Futebol Júnior almejando o título da 55ª edição da Copinha, mas o Peixe também busca reafirmar o papel como um dos maiores celeiros de craques do país.
— A expectativa é grande. É a nossa primeira Copinha, efetivamente, depois do trabalho de um ano. Ano passado nós fizemos a Copinha, nós pegamos o planejamento já no início, depois da eleição. A expectativa é grande, nós subimos bastante atletas da categoria do sub-17, nós temos um time bem competitivo, um time equilibrado, com bons atletas em todas as funções — falou ao Lance! José Renato Quaresma, diretor de futebol de base do Alvinegro Praiano.
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Com três conquistas anteriores (1984, 2013 e 2014), o Peixe terá baixas importantes. Miguelito e Luca Meirelles, que poderiam disputar a competição, estarão já à disposição do elenco profissional. Porém, o Santos confia na força de jovens talentos para buscar o quarto título. O Alvinegro Praiano está no Grupo 7, em Araraquara, com Ferroviária, Jaciobá-AL e Tirol-CE. A estreia acontece no dia 3 de janeiro (sexta-feira), às 20h (de Brasília), contra o Tirol-CE, na Arena Fonte Luminosa.
— A gente entende que a Copinha é uma “mini Copa do Mundo” em questão de trabalho, um tiro curto. Os jogadores precisam estar muito bem concentrados e muito bem focados. Todos preparados na parte mental, física, para que a gente possa desenvolver tudo isso bem no campeonato. Campeonato difícil, com vários times fortes, com vários times aí se desenvolvendo bem, mas com a expectativa de honrar o nome do Santos Futebol Clube dentro dessas competições o ano todo — analisou Quaresma.
Sob a liderança do técnico Leandro Zago, que chegou ao clube em outubro e também comandou a equipe principal na última rodada da Série B, o Santos aposta no elenco talentoso. Entre os principais destaques está o atacante Juninho.
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Juninho, com apenas 17 anos, é visto como uma das grandes promessas do time. Canhoto e habilidoso, tem estilo de jogo driblador que remete ao do pai, Robinho. Em agosto de 2024, o jovem atacante assinou o primeiro contrato profissional, com validade até abril de 2027 e multa rescisória de 50 milhões de euros, reforçando a aposta do clube no futuro.
— A nossa aposta é no coletivo. Nossa aposta é um grupo fechado. E a gente entende que, se esse grupo se desenvolver bem, os talentos individuais, que são vários, vão se destacar. É assim que a gente entende que precisa se desenvolver para que a gente possa fazer uma boa Copinha — disse o diretor da base santista.
Outro nome que chama atenção é Nadson, atacante de apenas 15 anos. Artilheiro do vice-campeonato paulista sub-15 com 12 gols, ele também se destacou no sub-17. Como surpresa na lista de inscritos, Nadson encerrou 2024 em alta, considerado joia valiosa das categorias de base santista.
— Nosso objetivo é desenvolver o cidadão, desenvolver o atleta, para que ele tenha o aprendizado saber que no sub-20 já tem uma cobrança maior, cobrança de profissional, estrutura de profissional, para que a gente possa ter esses jogadores desenvolvidos para não chegar muito defasado no profissional, porque são outras condições mentais, físicas principalmente, e que eles cheguem mais preparados. Esse é o nosso legado — finalizou José Renato Quaresma.
Com a trajetória vitoriosa e a nova safra de talentos, os Meninos da Vila querem mais do que triunfos: buscam reafirmar a reputação do Santos como berço de craques e proporcionar novos momentos de orgulho para a torcida.