Em defesa, Santos afirma que não há condenação contra Robinho
Clube lamenta "era da lacração" por conta de "represália" contra o novo contratado
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Após repercussão negativa e perda de um patrocinador por conta da contratação do atacante Robinho, no último sábado (10), o Santos emitiu uma nota oficial em defesa do acante, condenado em primeira instância pela corte italiana por crime de violência sexual supostamente ocorrido em 2013, mas que ainda corre julgamento em camadas judiciais superiores.
No comunicado, o Alvinegro afirma que não pode entrar no mérito condenatório e que não caberia fazer um julgamento prévio em relação ao caso que o contratado está envolvido, lamentando a “era dos cancelamentos”, “tribunais de internet” e “julgamentos precipitados”.
Robinho recebeu a sentença provisória em 2017, quando atuava pelo Atlético-MG, mas responde em liberdade. O jogador nega que tenha envolvimento no crime contra uma garota albanesa.
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Confira a nota na íntegra:
"O Santos FC, em seus 108 anos de história, sempre se caracterizou por ser uma instituição inclusiva e socialmente responsável. Referência no combate ao racismo, contra qualquer tipo de violência, especialmente contra a mulher, referência no investimento no futebol feminino e engajamento em diversas causas. Estes são pilares e valores que formam a identidade do Clube brasileiro mais conhecido no Mundo e motivo de raro orgulho por todas as suas contribuições para o desporto nacional. A agremiação também reconhecida pela excelência na formação de atletas, relação próxima e respeitosa por todos aqueles que em campo ajudaram a construir nossa história.
Com relação ao processo do atleta Robson de Souza, o Clube não pode entrar no mérito da acusação, pois o processo corre em segredo de Justiça na Itália e sobretudo o Santos FC orgulha-se de, em sua história, sempre respeitar as garantias fundamentais do ser humano, dentre as quais, a presunção da inocência e o respeito ao devido processo legal.
Ressalta-se ainda que não há condenação definitiva e o atleta responde em liberdade e não será o Santos FC que lhe dará uma sentença antecipada, prejulgando e o impedindo de exercer sua profissão.
Como Clube formador, onde o atleta viveu seus melhores momentos, em que teve diversas conquistas, não seria a nossa coletividade a lhe dar as costas e decretar juízo final de valor em um processo com recursos em andamento.
Não há mudança no posicionamento do Clube em relação ao combate à violência contra a mulher ou outras campanhas que sempre participou neste sentido. São valores irrenunciáveis e que fazem parte da história do legado Alvinegro.
Infelizmente vivemos na era dos cancelamentos, da cultura dos tribunais da internet e dos julgamentos tão precipitados quanto definitivos, porém há a certeza que o torcedor do Santos FC entenderá que compete exclusivamente a Justiça realizar o julgamento".
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