Em alta no Atlético-GO, Jair Ventura defende passagem pelo Santos e alfineta: ‘Lugar difícil de trabalhar’
Técnico também revela se guarda mágoas da demissão do Peixe, ocorrida em 2018
Atual sensação no Atlético-GO e criticado quando deixou o Santos, em 2018, Jair Ventura defendeu seu trabalho no Time do Rei. O treinador enalteceu o feito de ter permanecido no time por sete meses e comparou sua trajetória com a de treinadores que não tiveram vida longa no Peixe — clube descrito como "difícil de trabalhar" justamente pela instabilidade dos profissionais.
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No momento da saída de Jair, o Alvinegro Praiano estava classificado para as quartas de final da Copa do Brasil e nas oitavas da Libertadores, mas perto da zona do rebaixamento do Brasileirão. O presidente santista era José Carlos Peres e o elenco contava com jogadores como Lucas Veríssimo, Rodrygo, Bruno Henrique e Gabigol na época. Pouco tempo depois da demissão, o técnico foi contratado pelo Corinthians.
- Fiz 40 jogos. Muita gente falou que o trabalho era ruim, mas ficar sete meses no Santos não é um trabalho qualquer, quando a gente é demitido do Santos e está nas quartas da Copa do Brasil e oitavas da Libertadores. Não acho que foi um trabalho ruim. A maior resposta disso é que, um mês depois que saio, estou disputando uma final de Copa do Brasil com o Corinthians. Acho que o Andrés (Sanchez) não falaria: “Vamos trazer um treinador que está no nosso rival fazendo um trabalho ruim para vir ao Corinthians" - afirmou, em entrevista ao Lance!.
Durante mandato de outra gestão, o Santos teve quatro treinadores efetivos somente em 2023: Odair Hellmann, Paulo Turra, Diego Aguirre e o ex-auxiliar Marcelo Fernandes. Jair Ventura voltou a enaltecer sua passagem no clube pela maior continuidade e lembrou de trabalhos que realizou após o Peixe.
- Pelo decorrer dos últimos anos, com os treinadores que passaram, até que tivemos uma média muito boa. Já que tem treinadores que ficaram cinco, seis jogos. Então não pode ser ruim ficar sete meses em um lugar que é tão difícil trabalhar. É difícil falar (o motivo da instabilidade dos técnicos), só sei que me orgulho de ficar 40 jogos. Então, não tem como o trabalho ser ruim. Onde a média de jogos é de cinco a 10 jogos e você fica 40.
- Que bom que quando tentamos buscar alguma coisa ruim, a gente busca do passado, já que nos últimos anos viemos ajudando os clubes a conquistar seus objetivos. Foi assim nos últimos três anos com Sport, Juventude e Goiás, que ano passado tinha a menor folha da Série A, classificamos para a Sul-Americana e tivemos o vice-artilheiro da competição - completou.
Mesmo avaliando seu trabalho como positivo, o técnico garantiu que não guarda mágoas sobre a demissão do Alvinegro Praiano.
- Não tenho mágoa nenhuma. Não acredito em justiça no futebol. Se eu saí, é porque tinha que sair. Nossa vida é assim. Não sou de lamentar e ficar chorando mágoas. Faz parte - disse.
Jair Ventura assumiu o Atlético-GO neste ano, na 20ª rodada da Série B, momento em que o time estava na 11ª colocação. Após ótima sequência de resultados, o Dragão se encontra dentro do G4, na 3ª posição. Quando dirigiu o Santos, ele deixou o clube da Vila Belmiro com 39 jogos, 14 vitórias, 10 empates e 15 derrotas.