Folgas, confiança e futuro: por que o Santos trocou Levir Culpi por Elano
Sem clima para comandar o time após queda de desempenho, Levir foi demitido. Diretoria do Peixe quer apostar em Elano por sete rodadas como teste
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Após a derrota para o São Paulo por 2 a 1, a diretoria do Santos optou por demitir Levir Culpi após quase ter tomado a decisão há uma semana. Desta vez, o que levou a direção do Peixe a confirmar o desligamento foi, além da queda de desempenho, o excesso de folgas e falta de treinos para o time. Além disso, a alternativa motivou o presidente Modesto Roma Júnior a mudar o comando do grupo.
Nos dois jogos em que comandou o time, após a demissão de Dorival Júnior, Elano esteve à frente nas vitórias sobre o Botafogo, no Pacaembu, e contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada. Agora, vai comandar o time nas próximas sete rodadas.
O bom retrospecto não foi levado em conta por si só. O relacionamento com a maioria do elenco fez a diferença, já que ainda como jogador, Elano conheceu a maior parte do grupo em 2015 e 2016.
Um dos problemas de Levir Culpi no vestiário foi a motivação aos atletas. Na semana passada, quando o treinador quase foi demitido, a diretoria o perguntou sobre problemas no vestiário, o que foi negado veementemente.
Porém, o excesso de folgas e falta de treinos contribuíram diretamente para a mudança no comando. Inclusive, após perder para o São Paulo, Levir não gostou de responder a uma pergunta sobre descanso para o time.
- Eles precisam de repouso. Agora, se a diretoria achar que precisa treinar mais, que coloque uma comissão técnica que não queira dar repouso, que queira dar três treinos por dia - disse Levir durante entrevista coletiva.
Mais tarde, com a demissão confirmada, o treinador ao clube pelos serviços prestados e relatou o momento em que foi demitido.
- Meus amigos. Recebi um telefonema do presidente Modesto Roma. Sempre foi um cara simpático comigo, enfim: "Levir você está demitido"! Quero agradecer a oportunidade de trabalhar no time do Pelé. Quando disse que estava feliz com um contrato de seis meses, estava certo, concordam? Quero deixar um abraço aos funcionários do Santos, comissão técnica e especial aos atletas. Aprendemos muito em pouco tempo. Um abraço nos torcedores que comemoram as vitórias e choraram conosco nas derrotas. Vida que segue e felicidades pra todos - escreveu o técnico, que comandou o time em 31 jogos, sendo 14 vitórias, 12 empates e cinco derrotas.
Já o presidente Modesto Roma Júnior negou a preocupação com o cronograma de treinos e citou o desempenho para justificar a demissão.
- Nós conversamos com o Levir agora à noite e achamos que devemos encerrar esse ciclo. Sentimos que havia a necessidade de uma mudança. Não havia um desempenho satisfatório com o grupo nessa reta final, nesses últimos jogos. Elano assume até o final do ano - disse Modesto ao Sportv.
A diretoria comandada por Modesto Roma Júnior acredita que Elano tenha futuro como treinador e que o ex-meia, bicampeão brasileiro e campeão da Libertadores, pode exercer a função no Peixe. No entanto, na avaliação dos dirigentes, precisa adquirir experiência.
Mesmo tendo que concorrer à reeleição, no dia 9 de dezembro, a atual gestão avalia alguns nomes para assumir o cargo em 2018. O primeiro da lista é Fabiano Soares, do Atlético-PR.
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