Um ano depois de dizer que Geuvânio "faz jogadas de craque" ao ver seu Flamengo ser derrotado por 1 a 0 pelo Santos no Maracanã, o técnico Vanderlei Luxemburgo indicou a contratação do jovem de 23 anos ao Tianjin Quanjian, clube da Segunda Divisão chinesa e que já contratou Luis Fabiano, ex-São Paulo, e Jadson, ex-Corinthians. A diretoria do clube chinês já entrou em contato com o Peixe formalizando interesse no meia-atacante santista, e o Santos respondeu com sua pedida: 20 milhões de dólares (R$ 78 milhões).
Dono de 65% dos direitos econômicos do camisa 11, o Santos lucraria cerca de R$ 50 milhões na operação. O restante dos direitos pertence ao fundo Doyen Sports, que comprou 35% por R$ 3 milhões no fim de 2014, e teria um lucro de 900% do valor investido há uma temporada.
No princípio da negociação com os chineses, o valor mencionado era entre 10 e 15 milhões de dólares, mas o Santos estabeleceu sua pedida alta justamente para tornar impensável a recusa em caso de aceitação do Tianjin. Internamente, porém, o clube reconhece que o valor é alto e dificilmente será aceito. Neste caso, Geuvânio seguiria no elenco do Santos em 2016, conforme prometido ao técnico Dorival Júnior na última reunião antes do fim da temporada.
Caso permaneça, o camisa 11 deve ter novas responsabilidades no próximo ano. Mesmo sem a garantia de titularidade, já que o Santos também negocia a permanência de Marquinhos Gabriel, Geuvânio terá a missão de ser mais constante do que nas temporadas em que se destacou como profissional. Tanto em 2014 quanto em 2015, ele teve lampejos de genialidade intercalados com períodos sem inspiração e na reserva, e o ano que vem será de cobrança pela estabilidade.
Se Geuvânio disser “Ni Hao” (oi, em chinês) a Luxa, o Santos encherá os cofres. Se o vocábulo for “Xiê Xiê” (obrigado), o santista pode esperar mais jogadas de craque para 2016.