O meia Gabriel Carabajal chegou ao Santos em agosto deste ano para reforçar um dos setores mais carentes do clube: o meio-campo. O argentino foi titular com o técnico Lisca e atuou contra o São Paulo, Cuiabá, Goiás e Ceará, mas com pouco brilho e sem gols ou assistências.
Quando o interino Orlando Ribeiro assumiu o Peixe, o jogador demorou sete jogos para ter a primeira oportunidade, contra o Flamengo, no Maracanã. Foi neste duelo que Carabajal marcou seu primeiro gol com a camisa do Alvinegro Praiano. Agora, o com o técnico Odair Hellmann, o meia busca um recomeço na Vila.
Hellmann falou sobre a possibilidade de utilizar o jogador como um "ponta pro meio", e citou o meia De Paul, que fez uma função semelhante na Copa do Mundo do Catar, competição em que a Argentina saiu campeã.
"Eu estava vendo a Argentina na Copa do Mundo, o movimento do De Paul, ele jogou aberto com Alvarez e Messi na frente. O movimento dele é na hora da posse, ele não era um ponta. Ele fazia um movimento para ser mais um meio-campista para dar mais abertura para o lateral fazer passagem e o Messi ficar mais livre. E o Di Maria mais fixo. Mas o De Paul na direita fazia movimento para dentro para fazer superioridade numérica. Ele disse que se sente bem assim", disse o treinador.
"Estamos tentando achar no treinamento uma posição até para potencializar ele (Carabajal). Eu conversei com ele, mas visualizo ele pelo lado do campo, numa trinca, movimentando para dentro normal. Precisamos ver como vai se comportar como meia, de costas. Ele se sente bem nessa função do lado de campo. Ele não tem a características de Soteldo e Ângelo, ele é mais um meio-campista, tem bom passe e virada", completou o técnico.
Aos 31 anos, Carabajal foi o “plano B” da diretoria santista após as negociações com Franco Cristaldo, do Hurácan, fracassarem. Ele estava no Argentino Juniors e foi comprado em definitivo pelo Alvinegro com vínculo por mais quatro temporadas. Pelo Peixe, foram 8 jogos desde que chegou.
Nascido em Córdoba, na Argentina, Carabajal iniciou a carreira no Talleres, em 2009. Após diversas temporadas no clube, foi emprestado ao Universidad de San Martín, do Peru, em 2015, e retornou ao futebol argentino no ano seguinte para atuar pelo Godoy Cruz.