Holan vê ‘ponto de virada’ na história do Santos e pede união pelo projeto
Técnico acredita que trabalho feito atualmente no Peixe pode mudar patamar do clube
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O técnico Ariel Holan está no Santos há pouco mais de um mês, mas já mostrou conhecer muito bem o clube. E ele conhece não apenas aquele clube que aprendeu a admirar quando ainda era garoto na Argentina, o time de Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe, que conquistou o mundo. O técnico argentino deixou claro conhecer bem o Santos atual, com seus problemas financeiros, com transferban e jejum de quase cinco anos sem títulos.
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Na última quinta-feira, Ariel Holan deu uma entrevista exclusiva ao LANCE!/DIÁRIO DO PEIXE, uma das primeiras desde que chegou ao Brasil. Se esforçando para falar português, preocupado em chamar as pessoas pelo nome e com máscara o tempo todo (a entrevista foi virtual, mas funcionários do Santos estavam no mesmo ambiente que ele), o treinador pediu apoio dos torcedores ao trabalho que está sendo feito por ele e pela nova gestão do clube, liderada por Andres Rueda, e classificou o momento do Peixe como o "ponto de virada" em sua história.
- Eu penso que o clube é tudo: jogadores, dirigentes, comissão técnica, torcedores, sócios. É muito importante que todos tenham claro o que queremos, onde vamos. Torcedores e sócios sempre querem ganhar, todos queremos ganhar, mas temos que entender que Santos está em um momento muito importante, um ponto de inflexão (ponto de virada). Tem um antes e um depois. O Santos deve ser sempre grande e um clube grande se faz dentro e fora de campo. E precisamos pensar primeiro no fora de campo. Se você tem um clube sanado, administrado seriamente, os resultados chegam sozinhos - analisou o técnico.
Em muitos momentos da entrevista, Ariel Holan elogiou o novo presidente do Santos, Andres Rueda, e mostrou total confiança no trabalho do dirigente. Ele acredita que a nova diretoria lhe dará total respaldo para desenvolver um trabalho de longo prazo. Seu contrato com o clube termina no final de 2023. Dessa forma. Holan aposta em muitos frutos no clube dentro e fora de campo.
- Há uma frase muito importante. 'Roma não foi feita em um dia'. Para que a solidez de uma instituição perdure tem que trabalhar muito, não é da noite para o dia. O Santos tem um time jovem, com muitos jogadores de muita capacidade, e uma diretoria muito séria, muito honesta, que está trabalhando para fazer um grande trabalho e colocar o Santos no lugar que ele merece. No futebol, às vezes, o resultado diz tudo, mas é muito difícil ter resultado sem uma base institucional muito sólida. A bola pode pegar no poste e entrar ou pode pegar na trave e sair. É melhor se pega na trave e entra e é pior se pega na trave e sai. Essas são as regras do jogo, mas estou convencido de que com uma diretoria séria como o Santos tem é mais fácil, eu posso trabalhar tranquilo, fazer um projeto e temos mais chance de a bola pegar na trave e entrar - analisou Holan.
Para a bola pegar na trave e entrar, o técnico argentino não abre mão de um estilo de jogo ofensivo, seja dentro ou fora de campo. Mais uma vez, ela demonstra conhecer a identidade do Santos e qual o desejo dos torcedores. Um discurso muito alinhado com o tal "DNA ofensivo".
- Creio que Santos vai ter uma oportunidade com esse time de ter uma identidade muita clara, um jogo ofensivo em qualquer circunstância. Podemos ganhar, empatar ou perder, mas a camisa vai estar defendida de uma maneira de jogo que estará de acordo com a história do clube - analisou.
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