Interino fala sobre chance de seguir como técnico do Santos e dedica vitória diante do Bahia a Aguirre
Sob comando de Marcelo Fernandes, Peixe virou jogo na Fonte Nova e conquistou três pontos
Após a demissão de Diego Aguirre, Marcelo Fernandes assumiu o Santos como interino e comandou a equipe nesta segunda-feira (18), na vitória épica por 2 a 1 sobre o Bahia, na Arena Fonte Nova. O profissional revelou que teve conversas "muito claras" com a diretoria sobre a possibilidade de seguir no time principal e dedicou o triunfo ao seu antecessor.
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De acordo com Fernandes, o 'combinado' se baseou nele comandar o Peixe apenas provisoriamente. O treinador garantiu que não se importa muito com sua posição no clube e quer somente o bem do Time do Rei.
- O que foi tratado comigo da diretoria com o executivo de futebol foi de vir aqui hoje, como interino. Isso é normal para mim, sabemos o que o clube pensa para as próximas rodadas. Estamos aqui para ajudar o Santos, para mim é indiferente onde eu estiver, darei tudo de mim para esse clube que tanto amo. A conversa foi bem clara, justa e objetiva - contou.
Marcelo Fernandes também homenageou Diego Aguirre, com quem tinha boa relação no Santos. Ele dedicou o bom resultado ao uruguaio e lamentou a saída do técnico após cinco jogos.
- Queria agradecer e dedicar a vitória ao professor Diego Aguirre e seus auxiliares, os profissionais que aqui estavam. Tínhamos uma sintonia muito boa, mas infelizmente os resultados não propiciaram a continuidade - disse, em coletiva de imprensa.
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Ressurgimento do Santos
- No jogo contra o Cruzeiro tinha praticamente todo mundo jogado a toalha. Agora a gente mostra que o Santos está vivo, é uma equipe guerreira e gigante. A molecada merece muito e principalmente a nossa torcida, que nunca nos abandonou e sempre esteve ao nosso lado. Dedico essa vitória a eles, estão firmes no propósito e vamos lutar até o fim.
Preparação
- Essa molecada é uma coisa impressionante. Antes de voltar ao clube, via os jogos e achava que tinha alguma coisa acontecendo, que tomava gol e abaixavam a cabeça. E não tinha ninguém jogando sem vontade. Essa vitória representou aquilo que trabalhamos esses dias todos, foi uma situação difícil a saída do professor Aguirre, tivemos que levantar a moral da molecada, eles entenderam. Estudamos muito o Bahia, além de buscar a vitória precisávamos de consistência.
Mudanças táticas e de jogadores
- Começo de jogo nosso foi excelente, perdemos no mínimo três chances claras. A equipe do Bahia, a partir dos 20 minutos, começou a se soltar mais. Conversei com o Dodô sobre a ideia dos três zagueiros, ele tem a experiência dele, domínio total da esquerda. Achei que seria difícil para ele fazer o corredor. Kevyson vem treinando bem, tem força, ficaria importante. O (Lucas) Braga pelo outro lado também, apesar dele gostar de jogar pela esquerda. Queria deixar Lucas Lima, Jean Lucas e Rincón por dentro, sem sair. Muitos jogos o Lima estava indo na ponta direita, queria centralizar porque o jogo do Rogério (Ceni) no Bahia é articular pelo meio, bola na ponta e cruzamento. A gente, nesse esquema, soube segurar as bolas na área.
- Não foi 100%, tem coisas para corrigir, mas a equipe não demonstrou cair na pressão do Bahia. Jogamos de igual para igual, armados para contra-ataques, com Soteldo, Lucas Lima e Marquinhos (Marcos Leonardo). A vitória era o mais importante, vejo muitas virtudes na nossa equipe, principalmente a mental, porque sofremos o gol e soubemos ir atrás do placar.
Mais tentativas de chutes em relação aos últimos jogos
- O Jean Lucas, o Lucas Lima por dentro do campo têm que construir e finalizar as jogadas. Marcos Leonardo teve uma jogada no segundo tempo que, se ele chuta de bico, faz o gol. A gente pede para finalizarem a jogada. Se for no gol, a gente comemora, se for fora, a gente posta a equipe. É mérito deles, eles vem entendendo de antes.