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Jair enfatiza caça do Santos por 10 e não escolhe adversário para a semi

Treinador fala em quatro opções para a posição: Jean, Vecchio, Bueno e Diogo e busca soluções dentro do elenco. Ciente de clássico pela frente, pondera bom aproveitamento

Santos x Botafogo-SP
imagem cameraJair Ventura gostou da classificação, mas ainda busca meio-campista (Foto: Rodrigo Gazzanel / RM Sports Images)
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Lance!
Santos (SP)
Dia 21/03/2018
22:38
Atualizado em 22/03/2018
10:12

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Jair Ventura ficou satisfeito com a classificação do Santos à semifinal, mas ainda sabe que tem defeitos a corrigir no time. Um dos principais problemas passa pelo setor de criação. O carioca de 39 anos ainda não se sente confortável para cravar quem é seu armador titular e busca opções dentro do elenco enquanto o tão sonhado reforço para o setor não chega. Nos últimos dois jogos, a titularidade ficou com Jean Mota. 

- Fica evidente (que há problema no setor). Estamos buscando um camisa 10. Jean, Vecchio, Vitor Bueno, eles estão tentando segurar a 10... Eu brinco com eles, brinquei com o Vecchio... Tem de ser o cara para ser titular absoluto. Enquanto não achamos o ideal, vamos buscar. Diogo Vitor entrou bem pelo meio, com característica diferente. Queria esse poder pelo meio.  Com as duas linhas de quatro impostas pelo Botafogo, é muito difícil penetrar - ponderou o treinador, que ainda torce pela contratação de um novo jogador para o setor. 

Embora o Santos tenha passado longe de demostrar primor técnico no meio-campo e nas finalizações, Jair não considerou a apresentação como a pior do ano. Pelo contrário, o treinador ficou satisfeito em poder repetir a escalação pela primeira vez na temporada e tentou ponderar o lado bom da atuação. 

- Não foi o pior jogo, não. Primeiro tempo não foi como gostaríamos, não fomos bem, mas melhoramos no segundo jogo. Jogamos no campo do Botafogo, criamos. Chuva apertou, alçamos bolas a mais do que o ideal, mas era estratégia para entrar numa equipe querendo levar para os pênaltis. Conseguiram, mas não foram muito felizes. A excelência é difícil. Treinador é chato... Cobro bastante. Acho que não vou conseguir, sempre vou querer mais, mais e mais. É assim que temos que ser. Próximo da perfeição, não vamos chegar, mas vou cobrar sempre. Nunca estarei satisfeito, mesmo nos detalhes. Podemos melhorar como profissionais e pessoas a cada dia - completou.


E O ADVERSÁRIO?

Com a classificação nos pênaltis, o Santos só não terá a quarta pior campanha entre os semifinalistas caso o Bragantino elimine o Corinthians nos pênaltis, nesta quinta-feira. A tendência é que o Peixe enfrente São Paulo ou Palmeiras, fazendo o primeiro jogo em casa - no Pacaembu, muito provavelmente. Assim, Jair Ventura preferiu não fazer considerações sobre as possibilidades de rival. Na primeira fase, o Peixe bateu o Tricolor, empatou com o Timão e perdeu para o Verdão.

- Não vamos analisar adversário. Quem veste essa camisa, com a qualidade do grupo, apesar de estar em formação, não escolhe rival. É a primeira vez no ano que repeti formação. A parte do Santos foi feita. Tivemos eficiência e controle emocional nos pênaltis. Quero recuperar o quanto antes nossos jogadores.  Não vamos torcer por A ou B. Vamos esperar, deve ser um clássico, e vamos jogar. Estamos prontos. Fizemos bons clássicos, mesmo com derrota do Palmeiras. Mais posse de bola no Allianz, criamos muitas chances. Jogo do Corinthians foi um dos melhores segundos tempos que fizemos, jogamos dentro da área deles. E vencemos contra o São Paulo. Santos esperará para fazer um grande jogo e avançar pelo título - afirmou.  

CONFIRA OUTROS PONTOS DA ENTREVISTA COLETIVA DE JAIR VENTURA: 

Cinco partidas seguidas sem vitória no Paulistão

Não me incomoda ou preocupa. Quero sempre vencer. Mas se tivesse ganhado todas e desclassificado, seria pior do que com derrotas e classificado. Santos cumpriu todos compromissos. Primeiro mata-mata, vencemos em casa na Libertadores... Não posso me preocupar porque o objetivo foi alcançado. Estaria muito mais triste com a eliminação e todas as vitórias antes.

Faltou concentração? 

Quando jogo é grande, treinador fala pouco. Cobra pouco. Em jogos não tão grandes, entro mais, cobro. É ser humano. Concentração tem que ser a mesma sempre. É um desafio do treinador. Clássico, estádio lotado, Libertadores, estímulo é alto. Em jogos não tão grandes, temos que incentivar.

43 cruzamentos, 31 deles errados

Nós temos levantamento do Campeonato Paulista. Santos é a equipe que mais acerta cruzamentos. Que terminam em lance de gol. Não é aleatório. Tentamos triangulações com campo apoiado. Foi mais pela chuva e boa defesa do Botafogo. Concordo que houve um pouco de exagero, mas vamos corrigir.

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