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Meninos da Vila se destacam e viram pilares para trabalho de Diniz no Santos

Garotos da base participaram de 18 dos 26 gols do Peixe na temporada 2021

Santos x São Bento - Lucas Braga
imagem cameraGarotos comandam o Santos em 2021 (FOTO: Ivan Storti/Santos FC)
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SANTOS (SP)
Dia 13/05/2021
23:17
Atualizado em 14/05/2021
09:00

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No Santos, mais comum do que grandes contratações, são os Meninos da Vila resolvendo os problemas no clube. Nas últimas duas temporadas, não vem sendo diferente. Bloqueado na FIFA para reforçar a equipe, o Peixe recorreu a base e vem conseguindo bons frutos, como a final da Libertadores de 2020.

Na partida desta terça-feira (11), contra o Boca Juniors, seis dos 11 titulares, foram revelados na base santista. João Paulo, Kaiky, Vinicius Baileiro, Gabriel Pirani, Kaio Jorge e Ângelo estiveram em campo.

Mas as joias santistas vão além de participações. Dos 26 gols do Peixe na temporada 2021, 18 tiveram participação direta de atletas formados na base. São 69% de aproveitamento dos garotos. Já na Libertadores, 10 dos 14 gols contaram com gol ou assistência de um jogador formado ou contratado para a base do clube, segundo dados do SofaScore.

Em uma partida importante, que poderia manchar o currículo dos garotos, também foram importantes. O Santos conseguiu venceu o São Bento na Vila Belmiro por 2 a 0, com gol de Lucas Braga, após assistência de Balieiro (revelado no clube), e de Kaio Jorge com passe de Ângelo, também Meninos da Vila. A vitória impediu que o Santos fosse rebaixado pela primeira vez na sua história.

A “água” do time da Vila não forma só craques e também líderes. Atualmente, o capitão do Santos é o volante Alison, que apareceu no profissional pela primeira vez em 2011. Lucas Veríssimo, vendido recentemente ao Benfica, também era capitão do Alvinegro.

O técnico santista, Fernando Diniz, falou sobre a capacidade técnica dos mais novos, mas lembrou que são atletas jovens e que vão evoluindo com o tempo.

- Privilégio trabalhar com esses meninos. Muitos atletas com potencial. Jogadores da base conseguem resolver os problemas nos últimos 20 anos ou mais. Desenvolver não é restrito ao jovem. No Brasil, temos ideia equivocada de que atletas saem de casa com 11, 12 ou 13 anos e com 18 ou 19 se transforma em adultos automaticamente, responsáveis e com maturidade e quase ninguém tem. Trabalhar no futebol é difícil, mundo agressivo. Treinadores e jogadores são fonte de projeção de pessoas e de quem comenta futebol. Saber trabalhar com isso é para poucos. Temos que fornecer ambiente para jogador de fato amadurecer, saber dosar o que vem de fora. Quanto mais levarmos ao jogador ao mundo interno, melhor cenário possível. Não controlamos o que vem de fora, nem elogio e nem crítica, mas passamos a vida inteira melhorando. Futebol demanda capacidade emocional muito grande e difícil de adquirir - disse Diniz.

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