Modesto Roma Júnior foi o entrevistado do programa Bola da Vez da ESPN, na noite desta terça-feira. Ao comentar a relação conturbada com Neymar, o presidente santista disse que não sente mágoa do craque, que para ele continua sendo um ídolo.
- Com o Neymar eu tive contato pessoal muito criança. Fiquei com ele no Santos até o fim de 2009 e voltei agora em 2015. Na época, o Neymar ainda era um garotinho de uma educação impressionante, com uma postura muito legal. É um jogador de futebol sensacional.
- Algumas vezes ele fala de mágoas comigo, mas eu não tenho mágoa nenhuma com ele, ainda é meu ídolo. Ele falou que só volta a jogar no Santos quando eu sair do cargo e isso não tem problema nenhum porque eu não sou eterno como presidente e em breve eu não serei mais presidente. Ele pode voltar - concluiu.
O Santos entrou no ano passado com uma ação na Fifa contra o Barcelona e a empresa do pai de Neymar solicitando indenização por prejuízos na transferência do jogador para o Barcelona, em maio de 2013. Modesto falou também a respeito do assunto e diz que houve um erro de administração na hora de fechar o negócio.
- Não sei se eu guardo mágoa do Sr. Neymar, acho que não. Acho que ele entrou em uma roda viva de querer ganhar, ganhar e ganhar. Acho que houve um problema de administração, não houve o sentimento da razão. Presidente do Santos tem que trabalhar com a razão e não com a emoção.
Modesto também comentou a respeito do desejo de Lucas Lima jogar na Europa e afirmou que para o Santos não seria bom negócio.
- O Lucas tem contrato até dezembro de 2017. Se eu vender por 10 milhões de Euros, o Santos ficaria com um. Eu acho que não vale a pena vender. Ter só 10% do Lucas Lima é uma das heranças malditas. Só tem 10% por que meu primeiro ato como presidente do Santos, foi comprar esses 10%, se não, não tinha sequer esses 10%.