Em três dias, o atacante Eduardo Sasha viu o seu processo contra o Santos mudar completamente de figura. Após o pedido de tutela antecipada aceito na última sexta-feira (31), que o deixou livre no mercado, a nova responsável pelo caso, Norma Gabriela Oliveira dos Santos Moura, alegou falta de elementos para aceitar o pedido de urgência do jogador em sua ação que pede a rescisão unilateral com o Peixe.
A reviravolta aconteceu porque o primeiro juiz que estava à frente do caso, Carlos Ney Pereira Gurgel, revogou a decisão inicial neste sábado (01), menos de 24 horas depois de conceder a rescisão de contrato de Sasha com o Alvinegro Praiano, e também se retirou do caso alegando motivos de foro íntimo.
O jogador cobra do clube pendências financeiras relacionadas a redução salarial em 70% sem consentimento entre abril e junho, ausência no recolhimento do FGTS dede novembro de 2019 e o não pagamento do 13º salário do ano passado.
Um dos motivos alegados pela juíza para o indeferimento do pedido de antecipação de tutela foi que Sasha não comprovou que possui propostas de outras equipes, não havendo, portanto, motivo para o aceite de tal solicitação.
A audiência do caso foi marcada para o dia 18 de agosto, às 11h.
Consultado pela reportagem, o Juiz Federal do Trabalho aposentado, Gilson Ildefonso de Oliveira, analisou a decisão e acredita que a responsável pelo caso aguarda a defesa do Santos para conceder o veredicto.
– A juíza só apreciará o pedido de concessão da liminar, após o oferecimento da defesa pelo clube, o que deve ocorrer na audiência designada – disse Ildefonso.
Até a audiência, Eduardo Sasha segue vinculado ao Santos. O seu contrato com o Peixe tem duração até dezembro de 2022.