Assim como fez com o julgamento de Leandro Damião, em que o atacante conseguiu a rescisão contratual na Justiça e o clube entrou com um recurso, o Santos vai tentar cassar a liminar obtida pelo jogador nesta semana, que também o desvinculou do Peixe e o deixou livre para assinar com outra equipe.
O departamento jurídico da Vila Belmiro acredita que um novo juiz pode acatar a decisão, já que o estafe do ex-camisa 9 usou argumentos alegando, por exemplo, que não haveria clima para o atleta voltar ao CT Rei Pelé em janeiro, já que seu empréstimo para o Cruzeiro terminou.
Uma das defesas do Peixe será recordar e acusar Leandro Damião de ter recusado uma proposta do Olympique de Marselha, da França, na última janela de transferências. A oferta era de aproximadamente 15 milhões de euros.
Se perder Leandro Damião em definitivo, o Santos pode ter um prejuízo de, pelo menos, R$ 75 milhões. O Peixe passa a dever 18 milhões de euros à Doyen Sports, fundo de investimentos que deu o aporte financeiro para a contratação que custou R$ 42 milhões.
Em valores atuais, os números se aproximam de R$ 75 milhões, quantia pagável até 31 de janeiro de 2017 segundo o contrato original. A multa é justamente porque a liberdade contratual de Damião significa que a Doyen também "perdeu dinheiro" na operação, e agora o Santos terá que ressarcir. Para isso, a diretoria comandada por Odílio Rodrigues, deu como garantias da dívida algumas receitas futuras do clube.
O Conselho Deliberativo do Santos elaborou um parecer em junho deste ano para recusar as contas de 2014. Nos próximos dias deverá haver uma reunião do órgão para externar a temeridade da gestão anterior. Há possibilidade de o Peixe acionar judicialmente os dirigentes responsáveis por operações como a compra de Leandro Damião.