Comparações entre Gabigol e Neymar sempre vão existir, principalmente quando o assunto é bola em campo. Fora do gramado, o Santos quer diminuir as semelhanças. Se com o ex-camisa 11 o clube teve pesadelos com o fim de contrato (que tinha validade até a Copa do Mundo de 2014), com o atual camisa 10 o Peixe quer sugerir um novo acordo, válido até a metade da temporada de 2021.
O objetivo da diretoria é renovar agora para evitar a correria em setembro de 2019, quando termina o vínculo atual. O pesadelo é perder uma de suas principais revelações de graça. Era o mesmo temor que rondava a Vila Belmiro quando um clube europeu assediava Neymar.
O Alvinegro aceitou vender o atacante para o Barcelona um ano antes do término do contrato, em 2013.
A diretoria santista pretende fazer a oferta, aliada a um aumento salarial, assim que Gabigol retornar da Seleção Brasileira, onde disputa a Copa América Centenário.
Em contato com a reportagem do LANCE!, o estafe do jogador mostrou-se surpreso com a iniciativa do Santos, mas disse estar aberto às negociações, reiterando o desejo do jovem jogador em permanecer no clube por mais tempo.
Nos bastidores da Vila Belmiro, dirigentes dão como certa a permanência do atacante de 19 anos na atual janela de transferências para a Europa, que fecha no fim de agosto. Inclusive, o Santos se mostra indiferente à proposta apresentada pelo empresário Juan Figer, já que não sabe qual o clube interessado e nem sequer o valor da oferta.
Apesar de ver com otimismo a renovação de contrato até 2021, o presidente Modesto Roma acredita que Gabigol pode ser vendido antes do término do contrato, já que a convocação para a Seleção valorizou o garoto em curto espaço de tempo.
O Peixe tem 40% dos direitos econômicos do atleta, enquanto o próprio Gabriel é dono de outros 40%. O fundo de investimentos Doyen Sports tem os 20% restantes.
Na atual temporada, Gabigol é o principal jogador do Santos, tendo contribuído para 11 gols. Ele balançou a rede oito vezes em 20 jogos e ainda deu três assistências.