Para médico do Santos, ‘Aeropeixe’ pode não ter relação com surto de Covid-19
Há nove dias, elenco santista foi recepcionado por torcedores em aglomeração no Aeroporto de Guarulhos antes de jogo decisivo
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No dia 2 de novembro, o elenco do Santos foi recepcionado de forma calorosa pela sua torcia no Aeroporto Internacional de Guarulhos, quando se dirigia para Fortaleza, para enfrentar o Ceará dois dias depois, pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. No entanto, menos de uma semana depois casos de Covid-19 começaram a surgir no Peixe.
Elogiado pelo baixo número de contaminados pelo novo coronavírus desde a retomada do futebol brasileiro no fim de julho, apenas três casos em três meses, o protocolo de prevenção santista sofre o primeiro "baque", após dez atletas, além de inúmeros membros da comissão técnica, Departamento e Futebol e funcionários testarem positivamente para a doença.
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Contudo, o chefe do Departamento Médico Santista, Dr. Ricardo Galotti, não acredita que o 'Aeropeixe', como foi batizado o evento, tenha sido a única causa para a contaminação, mas entende que a propagação tenha sido comunitária, usando como argumento o fato de 22 atletas das Sereias da Vila, time feminino do Santos, também terem contraído a doença nos últimos dias.
- Não da pra ter essa afirmação, até porque futebol feminino não teve esse contato com a torcida. Provável que (a contaminação) seja comunitária - disse Galotti.
O superintendente de esportes do Alvinegro, Felipe Ximenes, também contesta que a recepção dos torcedores no aeroporto tenha sido fator único para que os dez jogadores do elenco principal tenham se infectado.
- É muito difícil você controlar uma situações como essa, controlar uma torcida querendo se manifestar. Isso serve muito para que a gente construa o que vai acontecer daqui pra frente. Se não me engano, a torcida do São Paulo fez uma grande manifestação para o jogo contra o Flamengo. A gente viaja num avião com mais de 100 pessoas, temos os atletas em contato com a comissão técnica. Não é saudável a gente ficar olhando para trás e ficar pensando em questões como essa - afirmou Ximenes.
- Viajo no ônibus com todos: Cuca, Jorge Andrade, Arzul, Cuquinha, e testei negativo. Viajo ao lado do Cuca - acrescentou o superintendente.
Os atletas e demais contaminados precisarão a partir de agora respeitar os protocolos universais referente aos tratos da doença, com isso precisarão ficar em isolamento completo por pelo menos dez dias. Os jogadores, consequentemente, perderão os jogos que o Santos fizer neste período.
* Sob supervisão de Vinícius Perazzini
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