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‘O pragmatismo de Dorival no clássico não combina com seu estilo’

Editor fala sobre forma como técnico escalou Santos diante do Corinthians e lembra que postura já havia sido adotada, de outra forma, na final do Paulista 

Corinthians x Santos
imagem camera(Foto: Ivan Storti)
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Lance!
São Paulo (SP) 
Dia 03/06/2016
01:24
Atualizado em 23/06/2016
12:45

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Na última quarta, muito santista ficou furibundo com o técnico Dorival Júnior. A decisão de escalar o time de forma ultraconservadora no clássico contra o Corinthians, o maior dos rivais do Peixe, causou irritação e resmungos. Dorival entupiu o meio de campo e deixou a equipe sem atacantes, tentando assim estorvar o adversário.

Nas redes sociais, não foram poucos os que consideraram a atitude covarde e com contornos de time pequeno. Com um início muito ruim de Campeonato Brasileiro, que traz à memória o roteiro penoso do ano passado para o qual o próprio Dorival foi convocado como uma espécie de bombeiro - e deu certo (!!!) - , e a ausência dos três principais astros, o treinador não teve pejo e nem cerimônia. Estacionou o ônibus, como diz o jargão da bola, e nitidamente apostou em um empate ou. quem sabe, uma vitória em lance inadvertido. Não deu certo. A equipe perdeu, o que fez o incômodo aumentar ainda mais.

Na final do Campeonato Paulista, o repentino pragmatismo de Dorival já tinha chamado a atenção. Depois de iniciar a competição mostrando zelo pela bola, sem chutões, buscando ter o controle do jogo, o Santos mudou a estratégia contra o Osasco Audax, uma equipe que notabilizou-se justamente por ter no toque de bola sua fundação. A vitória veio porque o contra-ataque na ocasião funcionou. Havia mais mecanismos para isso. Mas veio á custa de muito sofrimento para a torcida, que viu o adversário assenhorar-se do jogo.

Curiosamente, o Osasco chegou à decisão eliminando o mesmo Corinthians e na mesma Arena com uma postura diametralmente oposta à do Santos nesta semana. O time de Fernando Diniz mostrou ousadia ao não alterar sua marca e fez um jogo igual diante de uma enorme massa contra. Esse paralelo dá o que pensar sobre o duelo entre a manutenção de uma filosofia e a mudança no desespero por um resultado que dê alívio. É evidente que em um time grande a imposição de uma ideia caminha no campo minado das cornetas e expectativa de multidões. Não é fácil praticar, mas seria benéfico para a melhoria do nível do futebol brasileiro. E, não rima com ele essa abdicação de conceitos mais nobres de jogo. 

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