A relação entre Cuca e Rollo é a melhor possível, foi o que garantiu o presidente do Santos em contato com o LANCE! neste sábado (17).
Na última quarta-feira (14), treinador e presidente conversaram sobre a possibilidade de escalar Robinho no duelo diante o Atlético-GO, pela 17a rodada do Brasileirão, mas recebeu uma negativa, já que estatutariamente o jogador, que teve o contrato suspendo nesta sexta-feira (16) para se defender da condenação em primeira instância em um crime de violência sexual, só poderia entrar em campo após aprovação do Conselho Deliberativo. Essa informação foi publicada inicialmente pela Gazeta Esportiva.
- A conversa com ele é reta, deixei claro todos os problemas que temos e ele sabe que a porta da minha sala fica aberta - disse Rollo ao ser questionado pela reportagem sobre o tom da conversa com Cuca.
- Quero deixar muito claro, temos uma ótima relação, confiamos no trabalho dele, sabemos de sua capacidade e o apoio é total - acrescentou.
O presidente em exercício do Peixe inclusive disse que o técnico teve contato com o Comitê de Transição, grupo criado com indicados pelos candidatos à presidência santista para facilitar a comunicação no início da próxima gestão, em janeiro de 2021.
- Montamos um Comitê de Transição para isso, para que todos tenham as informações corretas, com total transparência, para deixar todo mundo sabendo a verdade dos fatos. Aliás, o nosso treinador Cuca falou para todos os membros do Comitê em uma reunião. Issso é muito positivo, e ele recebeu o apoio dos representantes de todos os candidatos - afirmou Orlando.
O líder do Alvinegro salientou o trabalho que tem feito desde que assumiu internamente o clube, no dia 29 de setembro, após afastamento de José Carlos Peres, alvo de um processo de impeachment por irresponsabilidade fiscal, mas admitiu preocupações com a instituição, que, segundo ele, estão alinhadas com as de Cuca.
- Aqui é tudo as claras, todos sabem em que condições pegamos o clube e que estamos enfrentado todos os problemas de frente. Assim que faremos até o último dia dessa gestão de transição - pontuou o cartola.
- Os anseios do Cuca são os mesmos que os meus. O Santos é um clube grande, ele está correto em reivindicar jogadores. Eu também quero. Sou torcedor antes de mais nada. Mas também tenho como responsabilidade não poder contratar. Não temos dinheiro para fazer investimentos. Por total irresponsabilidade de quem estava aqui, hoje também o Santos está proibido de contratar por penalidades impostas pela Fifa. E além disso, temos que respeitar o Estatuto, que deuxa claro que temos que temos que passar qualquer contratação de atletas três meses antes de acabar o mandato pelo Conselho Deliberativo - concluiu.
Mesmo após entrar em acordo com o Hamburgo (ALE) em relação a uma dívida que corria desde 2017, pela contratação do zagueiro Cléber Reis, que impedia o Peixe de registar novos atletas desde março deste ano, o Alvinegro foi novamente sancionado desde a abertura da janela de transferências nacional, na última terça-feira (13), por pendências com o Huachipato (CHI) e Atlético Nacional (COL), devido ao não pagamento nas contratações de Soteldo e Felipe Aguilar respectivamente - o segundo inclusive foi negociado em março com o Athletico-PR por R$ 10 milhões por 50% dos seus direitos.
A reportagem também entrou em contato com o técnico Cuca, que afirmou ter um bom relacionamento com a diretoria, inclusive com o presidente Orlando Rollo.