Pressionado, Aguirre fala sobre risco de demissão após derrota do Santos para o Cruzeiro
Técnico tem apenas cinco partidas no comando do Peixe
Mesmo com apenas cinco partidas no comando do Santos, Diego Aguirre já foi perguntado sobre risco de demissão. Na coletiva após a dura derrota para o Cruzeiro, por 3 a 0, nesta quinta-feira (14), o técnico respondeu se teme deixar o cargo.
De acordo com o treinador, ele não pensa sobre a possibilidade e está focado no próximo jogo do Peixe. O Alvinegro entra em campo contra o Bahia, que se distanciou da zona do rebaixamento, na segunda-feira (18).
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- Vamos trabalhar para ganhar o próximo jogo, não da para pensar em outra coisa, nem imaginar coisas. É pensar no jogo de segunda - afirmou Aguirre.
O treinador uruguaio analisou que não há nada de positivo para extrair da partida do Santos. Com a derrota, o Peixe fica com quatro pontos de distância para o primeiro time fora do Z4, o Goiás.
- É difícil encontrar coisas positivas, quando sofremos essa derrota em casa, que não esperávamos. Não é momento de falar de coisas positivas, vamos falar de coisas negativas que aconteceram no jogo. Trabalhamos muito bola parada e tomamos gol que abriu caminho para vitória do Cruzeiro. Até aí estava um jogo difícil, mas não tivemos muitos problemas. Sentimos, o Cruzeiro cresceu e ganhou merecidamente - disse.
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Explicação das substituições
- Gabriel entrou no lugar de Caiçara, que estava com amarelo. Rincón pelo Nonato, um volante por outro. Furch no Jean Lucas foi para jogar de forma mais ofensiva, direta, para encontrar situações de gols, com dois centroavantes.
No que a torcida pode acreditar para superar a má fase?
- Para acreditar precisamos de uma vitória. Entendemos que a torcida está triste, sofrendo. Temos que pensar em ganhar o próximo jogo, não tem mais o que pensar.
É possível mudar o cenário atual? Quem tem mais responsabilidades?
- Temos que pensar que podemos mudar, se não acreditasse que é possível não estaria aqui. Falta entrosamento, tomamos um gol e ficamos nervosos, perdemos bolas fáceis. O time teve situações adversas, contra-ataques. Temos que trabalhar, tentar transmitir confiança aos jogadores apesar da situação complicado. Nosso objetivo imeditado tem que ser ganhar o próximo jogo. Adjetivo para falar da derrota de hoje eu não sei. A responsabilidade é obviamente da comissão técnica e dos jogadores, de todos. Quando você ganha, na derrota obviamente a comissão técnica tem responsabilidade. Muita. Tem que ser assim.
Maior desafio da carreira?
- Posso dizer que sim, mas não penso nessas coisas. Eu tô acostumado a trabalhar em times com pressão, a favor, adversa. Sabia que quando peguei o time, estavam na zona do rebaixamento, assumi a responsabilidade. Não estamos conseguindo tirar, é uma situação feia e incômoda. Vamos tentar ganhar o próximo jogo, mas o jogo como de hoje deixa a situação muito feia.
Jean Lucas
Buscando alternativas de um futebol de muita qualidade que tem que encontrar seu lugar e seu melhor rendimento. É difícil falar de rendimentos individuais. Nós estamos trabalhando muito sofrendo, obviamente, tentando dar o melhor de nós para ajudar o time a sair da situação.
*Gabriel Teles colaborou sob supervisão de André Carbone