Quanto o Santos pode deixar de arrecadar em caso de rebaixamento no Brasileirão?
Peixe terá queda brusca nas finaças em caso de queda
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O Santos terá redução de arrecadação em caso de rebaixamento no Brasileirão. Isso porque os quatro últimos colocados não recebem compensações financeiras pelo desempenho na Série A, e o clube perderia em torno de R$ 65 milhões com direitos de transmissões. Para comparação, este valor é próximo do que o Alvinegro lucrou com vendas de jogadores durante todo ano passado (R$ 70 milhões).
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Atualmente, o Peixe se encontra em posição de maior tranquilidade no Campeonato Brasileiro. Antes 18º, o Santos conquistou três vitórias seguidas e saltou para a 14ª colocação. Mesmo assim, ainda precisa se preocupar, pois está somente a três pontos de distância do Z4.
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COMO FUNCIONA A DIVISÃO DE DIREITOS DE TRANSMISSÃO NA SÉRIE A?
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• Segundo o contrato vigente, acertado em 2019 e válido até o fim do ano que vem, os valores pagos pelos direitos de transmissão da TV aberta e fechada (Globo e SporTV) são divididos desta forma: 40% do total é repartido de forma igualitária, 30% de acordo com o número de jogos transmitidos e 30% pela posição final no campeonato.
• Após reajustes nos últimos anos, na TV aberta, o valor oferecido é de R$ 820 milhões, enquanto na fechada é R$ 685 milhões. Estas são as cifras que entram nas divisões de 40%, 30% e 30%.
• Portanto, na fatia igualitária (40% de R$ 820 milhões), o Santos recebe R$ 16,4 milhões fixos na TV aberta, assim como todos os clubes. Na fechada (40% de R$ 685 milhões), o clube fatura R$ 13,7 milhões. O total chega a R$ 30 milhões fixos por ano.
• O pay-per-view segue lógica distinta e cada time recebe um valor específico. O Santos, por exemplo, fatura R$ 11,5 milhões. Em comparação, as cifras de Flamengo e Corinthians chegam a R$ 164 milhões e R$ 110 milhões, respectivamente.
• O Athletico-PR é o único time que não fechou contrato com Pay-Per-View e SporTV.
E NA SÉRIE B?
• Todos os times da Série B tem uma cota fixa de R$ 5 milhões a R$ 8 milhões a receber pela participação. Nada mais.
• Se os clubes entenderem que podem arrecadar mais que as cotas fixas apenas com vendas do pay-per-view, eles também estão permitidos a optar por ficar com apenas com a verba dos canais por assinatura.
• Em 2022, os quatro primeiros colocados (Cruzeiro, Grêmio, Bahia e Vasco) dividiram R$ 5 milhões de premiação.
OU SEJA, QUANTO O SANTOS PERDE?
• No Brasileirão de 2022, quando terminou em 12º, o Santos recebeu cerca de R$ 75 milhões do Grupo Globo pelos direitos de transmissão (TV aberta, fechada e PPV). Este valor inclui a variável de desempenho, popularmente chamada de "premiação" (R$ 18 milhões).
• Se disputar a Série B em 2024, o Peixe manteria apenas os valores do pay-per-view (na casa de R$ 11,5 milhões). O Santos não teria direito aos valores fixos pagos pela TV aberta e fechada, nem o valor variável de acordo com o número de jogos transmitidos.
• A fonte de renda em premiações por colocação no campeonato de 2023 não existiria e a única forma de consegui-la em 2024 seria ficando entre os quatro primeiros colocados, mas os valores (R$ 5 milhões) são muito inferiores a qualquer prêmio da Série A.
• O prejuízo, portanto, ficaria em torno de R$ 65 milhões levando em consideração apenas as receitas de direitos de transmissão do Brasileirão.
• Além disso, o rebaixamento poderia impactar outras linhas de receitas. Exemplos recentes indicam que, em média, os clubes grandes perdem em torno de 20% da receita com o quadro social e bilheteria ao serem rebaixados. No caso do Santos, esse prejuízo seria em torno de R$ 5 milhões.
• Na Série B, o Santos também deixaria de faturar com a participação em torneios continentais. Em 2022 e 2023, por exemplo, o Peixe disputou a Sul-Americana e recebeu cerca de R$ 7 milhões e R$ 5 milhões em cada respectiva edição.
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