Quinteto fantástico do Santos relembra estratégias para confundir os adversários
Em especial gravado em 2008, e reapresentado pela TV Gazeta neste domingo, Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe, relembraram histórias que viveram em campo
Neste domingo, a TV Gazeta reexibiu uma série de conteúdos em uma homenagem ao Rei do Futebol, Pelé. Além da reexibição da última partida do Rei com a camisa do Santos, em 1979, contra a Ponte Preta, a faixa destinada ao programa Mesa Redonda também exibiu o especial “Pelé - O Melhor Ataque do Mundo”, produzido pela emissora em 2008.
Em entrevista conduzida pelo jornalista Flávio Prado, o quinteto, Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe, que abrilhantou o futebol, com a camisa santista, na década de 60, relembrou importantes histórias da época.
Entre elas, os ex-jogadores reviveram momentos onde o improviso fez com que eles confundissem os adversários, principalmente em lances de bola parada.
– Nos escanteios, falava pro Dorval e para o Pepe, que batia no segundo pau, que ia fingir que nem estava vendo. Eu ia no impulso e fazia o gol – disse Pelé.
Os caras lá e o Negão ficava amarrando a chuteira na entrada da área. Batia bola, ele dava impulso e caixa – completou Dorval.
Em certa ocasião, Pelé aproveitou que Coutinho se posicionou na barreira adversária, para atrapalhar a visão do goleiro, em cobrança que seria feita por Pepe, para tabelar com o atacante, mesmo sem o companheiro saber.
– Eu nunca fiquei em barreira de time adversário. Vou ficar e tomar bolada do Pepe? Mas teve um dia que eu fui pra barreira. Aí ele (Pelé) foi e tirou o Pepe. Pensei: “O que ele tá pensando em fazer”. Ele foi e bateu no meu peito. A bola voltou e ele chutou no meio das minhas pernas. Eu, de costas, perguntei: “Entrou”? E ele falou: “No ângulo, malandro” – contou Coutinho.
O quinteto fantástico jogou juntos pelo Santos entre 1960 e 1966. Juntos, fizeram 98 jogos, vencendo 70% deles, com média de 3,28 gols por partida.