O atacante Renyer é o principal destaque do Santos no Campeonato Paulista Sub-20. Artilheiro da equipe, ele tem seis gols em três jogos e é titular absoluto no comando de Orlando Ribeiro.
O camisa 9 vive uma temporada de recuperação tendo uma sequência na base depois da passagem pelo profissional do Peixe e a lesão de ligamento cruzado anterior.
Renyer sempre foi uma das promessas da base santista. Em 2020, ele foi promovido ao profissional pelo técnico Jesualdo Ferreira com 16 anos, seis meses e 16 dias na vitória do Santos sobre a Internacional de Limeira por 2 a 0, na Vila Belmiro, pelo Campeonato Paulista daquele ano.
Ele atuou contra o Botafogo-SP e diante o Ituano na competição. Na sequência, o garoto foi convocado para a Seleção Brasileira Sub-17 em março, onde rompeu o ligamento cruzado do joelho direito em um dos treinamentos com a amarelinha. O atacante comentou sobre a dificuldade da lesão logo quando vivia um dos melhores momentos na carreira e sobre outro drama particular, a perda da avó.
"A lesão no LCA me atrapalhou um pouco sim. Hoje devo estar jogando uns 85% do que jogava antes da lesão. Creio que já já estarei igual era antes. Agora estou com a cabeça boa depois da lesão. Perdi minha avó, que amava muito e demorei pra me recuperar, mas agora vai dar tudo certo", revelou.
Apesar de ter idade, Renyer não disputou a Copa São Paulo deste ano. Ele acabou preterido na lista final do técnico Elder Campos na campanha do vice-campeonato do Peixe. Agora, ele tenta recuperar o espaço no clube.
"São oito meses pra voltar e tentei voltar o mais rápido que pude, mas o tempo sem jogar atrapalha bastante nesse retorno. Como sou atacante de velocidade, é muito difícil e também não tive muita minutagem no time de cima. Hoje não tenho receio nenhum e creio que vou conseguir essa minutagem aqui no Sub-20. Voltando bem e com essa minutagem, creio que serei um grande jogador pra ajudar o clube", afirmou.
Apesar de ter atuado apenas em três jogos pelo principal em 2020, o jogador comentou sobre a curta passagem e a bagagem adquirida. Também falou da relação com o técnico português Jesualdo Ferreira, que na época lançou o garoto no profissional.
"Passagem boa. Amei estar na Vila, jogando pelo time principal. Pena que tive a lesão e acabei jogando pouco, acho que oito jogos, e sempre com curta minutagem. Acho que somando não dá nem três partidas. Jesualdo é muito bom treinador pena que ficou pouco tempo no Brasil e não temos muita paciência com treinadores aqui".
Renyer comentou a relação com Orlando Ribeiro no Sub-20 e também revelou que conselho mandaria para o Renyer de 2020, da LCA e o atacante de hoje.
"Para o Renyer de 2020: parabéns você está indo bem, alguns medos , algumas novidades mais você vai longe. Para o Renyer que sofreu a lesão LCA: neguinho, levanta a cabeça. Pequenos tropeços fazem parte do processo. Para o Renyer de hoje: olha, sua avó está olhando por você de onde estiver. Você está recuperado da lesão e agradeça a Deus, ao Santos, a sua família e à nossa torcida maravilhosa que sempre estaremos juntos.", revelou.
O camisa 9 explicou sua rotina no Santos, a relação com a cidade e ainda tirou onda pelos anos no clube apesar de ser um dos mais novos da equipe Sub-20.
"No Santos treino muito todos os dias. Amo o clube. Algumas pessoas passam, mas o gigante fica. A cidade é perfeita. Dos companheiros, boa parte está comigo aqui há anos e alguns chegaram depois que cheguei. Acho que sou o mais velho por aqui, cheguei com 9 anos (risos)", brinca.
Aos 18 anos, Renyer não esconde a gente de retornar ao time principal novamente e contou o que precisa para se consolidar e conquistar seu espaço.
"Quero jogar no time principal do Santos. Quem não quer? Time de Pelé e de muitos outros monstros do futebol que vestiram essa camisa que entorta varal. Preciso de minutagem, quero ter um bom número de jogos pra mostrar que vou longe com esse manto", reforçou.