A menos de dez dias da reapresentação dos jogadores, o Santos tem apenas um reforço garantindo para 2018: o lateral-esquerdo Romário, que vem do Ceará. Enquanto isso já sabe que terá ausências sentidas no ataque, com a saída de Ricardo Oliveira, e no meio-campo, sem Lucas Lima, que foi para o Palmeiras, mas para um desses setores as reposições podem estar dentro de casa, sem precisar ir ao mercado.
Com recursos escassos para negociar contratações, a nova diretoria do Peixe busca alternativas para montar o elenco da próxima temporada usando a criatividade, mas nem será necessário ir muito longe na imaginação, basta ir até o Departamento Médico para garantir dois reforços caseiros: os meio-campistas Vitor Bueno e Léo Cittadini, que se recuperam de lesão.
Vitor se machucou em julho deste ano em duelo contra o Atlético-GO, ainda pelo primeiro turno do Brasileirão e precisou operar o ligamento cruzado anterior do joelho direito, em um momento em que era um dos artilheiros da equipe com sete gols, apesar de ter sido contestado pela torcida em boa parte do primeiro semestre.
Não há previsão exata de retorno do meia, mas de acordo com o prazo padrão de recuperação de cirurgias desse tipo, ele deve estar de volta aos gramados nos primeiros meses do ano e pinta como o favorito para ocupar a vaga deixada por Lucas Lima, mesmo que tenham características distintas. O ex-santista era mais um armador e Bueno desponta como goleador.
Já Cittadini deslocou o ombro esquerdo em um treino em setembro, véspera do confronto contra o Botafogo, pela 24ª Rodada do Brasileirão, foi para o jogo, mas não aguentou as dores e acabou substituído. Foi necessário realizar uma cirurgia para corrigir o problema. Apesar de não ter recebido muitas oportunidades com Levir Culpi, o clube considera Léo um jogador inegociável. Entre outras propostas recusadas, o São Paulo foi um dos times que quiseram tirar o atleta da Vila.
Isso porque Dorival Júnior é um admirador de seu futebol e foi com ele que ganhou oportunidades de atuar pelo Santos, principalmente no fim de 2016. A possibilidade de atuar tanto na contenção quanto na armação, dão ao jogador um diferencial para atuar em qualquer posição do setor. Embora ainda deva superar algumas etapas da recuperação, o clube conta com seu o futebol para 2018.
As outras peças ofensivas que o técnico Jair Ventura pode ter à disposição no meio-campo serão: Jean Mota (atuou improvisado na lateral esquerda), Vecchio, Vladimir Hernández e Serginho. Esses, porém, não têm situação garantida e, dependendo da proposta ou oportunidade de envolvê-los em trocas, podem deixar o clube.