Paulo Turra está próximo de deixar o comando técnico do Santos. Desde o fim da partida em que o Peixe empatou em 1 a 1 com o Athletico, na tarde deste sábado (5), o comitê gestor do clube alvinegro discute a possibilidade de demissão do treinador. O grande impasse no momento é a escolha por um substituto.
Até aqui, não houve uma reunião formal entre os gestores santistas para definir o desligamento de Turra, mas há conversas constantes através de alguns meios de comunicação entre eles. O coletivo está dividido quanto ao futuro do comandante, mas pende pela demissão, que pode ser confirmada ainda neste fim de semana.
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A insatisfação do CG com o trabalho de Turra já tem acontecido há algum tempo, por conta da ausência de bons resultados. O técnico tem apenas uma vitória em sete partidas no comando do Alvinegro Praiano. Tanto que houve uma sondagem da diretoria santista ao técnico Mano Menezes nos últimos dias. No entanto, o treinador que recentemente deixou o Internacional não quis evoluir nas conversas porque negociava uma possível ida para um clube do Oriente Médio.
Outro nome sondado pelo Santos foi o do uruguaio Diego Aguirre, que, no Brasil, já dirigiu Atlético-MG, Internacional e São Paulo. O profissional está sem clube desde o mês passado, quando foi demitido do Olímpia, do Paraguai. No entanto, o salário do técnico foi considerado alto. E, mesmo com a possibilidade de negociação com ele ainda existindo, a situação de momento está fria.
A bola da vez é Thiago Carpini, vice-campeão paulista com o Água Santa e que atualmente comanda o Juventude, na Série B do Campeonato Brasileiro. O nome tem agradado parte do comitê gestor e é visto com boa aceitação pela torcida. No entanto, há o temor entre alguns gestores na contratação do treinador por conta da falta de experiência. O receio é substituir um técnico com pouca bagagem, como é Paulo Turra, e trocá-lo por outro que também não tem uma trajetória longa no futebol.
Frente ao mau momento do Santos com Turra, alguns empresários ofereceram treinadores à diretoria do Peixe nas últimas semanas. Porém, nomes como Jair Ventura e Róger Machado foram recusados pela cúpula santista.
Outro motivo que gera discussão, ainda que menor, sobre a possível demissão de Paulo Turra é o pagamento de multa salarial. O acordo é que, em caso de desligamento, o Alvinegro teria que pagar o valor equivalente a três salários do profissional, o que daria em torno de R$ 1 a 1,2 milhão. Recentemente, o Santos precisou pagar a multa rescisória para demitir Odair Hellmann. Houve um acordo para a redução da quantia integral prevista, mas não a isenção total do compromisso. Já com Paulo Roberto Falcão, ex-coordenador esportivo, que pediu demissão na última quinta-feira (3), houve um consenso para que o pagamento da verba rescisória prevista não precisasse ser feito, já que também havia insatisfação da diretoria em relação ao trabalho do profissional. O desligamento de Falcão aconteceu no mesmo dia em que ele foi denunciado por importunação sexual por uma funcionária do apart hotel em que ele vivia desde que havia chegado à Baixada Santista, no fim do ano passado.