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Juliana Yamaoka
São Paulo (SP)
Dia 15/04/2025
15:28
Atualizado há 2 minutos
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O Santos promoveu uma entrevista coletiva nesta terça-feira (15) com o CEO Pedro Martins, que completou recentemente 100 dias na diretoria da instituição. Ele foi o responsável por trazer o técnico Pedro Caixinha ao clube.

O CEO abriu a coletiva dizendo que não iria anunciar a chegada de nenhum técnico para substituir o português e fez um balanço do futebol brasileiro e do desempenho do Alvinegro, especialmente 'os problemas crônicos' como pontuou.

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Pedro Martins ainda ressaltou que as escolhas do treinador e dos jogadores não resumem o momento de reconstrução no clube e que o Santos parou no tempo. Ele chegou a afirmar que o saudosismo pode matar o Peixe.

- O caminho está assim: na busca de um novo estádio, na reconstrução da infraestrutura, na categoria de base que de fato seja protagonista no futebol brasileiro, nos esforços que precisam acontecer na equipe feminina, resgatando o valor histórico. O Santos é um clube que precisa ter muito orgulho do seu passado, muito mesmo, é o que está moldando a identidade desta instituição, mas precisa saber diferenciar orgulho do passado de saudosismo. O saudosismo vai matar o Santos. Precisamos tomar as decisões mais duras no aspecto financeiro para daqui a alguns anos a gente ter orgulho das equipes. Caso contrário, vamos continuar num ciclo vicioso. Falo isso com a consciência de que o presidente Marcelo Teixeira sabe disso. Depois do acesso não se poderia esperar um clube 'normal'. E sim, analisar o motivo do rebaixamento, já que um clube grande como o Santos não 'cai à toa'. Prefiro tratar do problema crônico e não agudo. O que vamos fazer para ser uma equipe vencedora em todos os anos e não só neste - ressaltou o dirigente.

Pedro Martins falou em entrevista coletiva sobre o momento do Santos, na Vila Belmiro. (Foto: Divulgação/ Santos FC)

Pedro Martins ainda agradeceu os trabalhos de Pedro Caixinha, que deixou o clube com apenas 17 jogos, sendo sete vitórias, três empates e 7 derrotas.

- Agradecer a confiança que ele depositou no Santos em um momento de muita incerteza. Quando olhamos para todo esforço que foi feito, esquecemos muito rápido como o clube estava em dezembro. O Caixinha também fez uma aposta no momento em que ele não tinha o elenco atual e sem movimento de mercado. Era um clube que tinha acabado de subir para a Série A. Tinha muito mais incerteza do que certeza. A vinda do Caixinha representou um novo passo para se preparar para a elite do futebol brasileiro. Ele foi muito importante na mudança da cultura do CT Rei Pelé, na maneira como trabalhamos. Do começo ao final do dia. Na modificação e na quebra de muitos vícios. Nos preparamos para o nível de exigência da Série A. Não ficou pelo critério dos resultados. Na minha avaliação, quando o critério é esse, a derrota é de todos - concluiu Pedro Martins.

O que vem pela frente

Segundo Pedro Martins, o Santos não tem conversas avançadas com nenhum treinador. O time será comandado interinamente por César Sampaio, integrante da comissão fixa. O Peixe entra em campo nesta quarta-feira (16), contra o Atlético-MG, às 21h30, na Vila Belmiro, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro.

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