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Titular do Santos, meia foi brecado pela mãe e teve ‘privilégios’ na base

'Última peça' do encaixe santista e disputando sua primeira decisão, Vitor Bueno foi ‘brecado’ pela mãe na base. Meia, aliás, repete trajetória do astro Lucas Lima no clube

Vitor Bueno, meia do Santos
imagem cameraVitor Bueno será titular do Santos na final de domingo, contra o Audax (FOTO: Ivan Storti)
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Lance!
São Paulo e Santos (SP)
Dia 04/05/2016
19:51
Atualizado em 05/05/2016
06:05

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Cinco meses depois de nem ser relacionado para a decisão de um campeonato, um meia torna-se titular do Santos. A história pode até lembrar o início de Lucas Lima no clube, que ficou fora da final contra o Ituano, em 2014, mas a jornada pertence a Vitor Bueno.

Última peça do encaixe do atual time de Dorival Júnior e nem sequer relacionado para as finais da Copa do Brasil, Vitor superou diversos concorrentes até alcançar a titularidade, mesmo correndo por fora na disputa com Serginho, Paulinho e Patito e se credenciar ao posto de futuro campeão paulista.

Tímido, "caseiro" e apegado à família, como ele próprio admite ser, Vitor teve um início um pouco diferente no futebol em relação à maioria dos sonhadores jogadores.

Natural de Monte Alto, no interior de São Paulo, o jovem chamou a atenção de clubes e empresários desde cedo, até ser "fisgado" pelo Monte Azul, cidade próxima à sua.

Entretanto, para defender as cores do clube, Vitor Bueno precisaria se alojar no clube com os demais companheiros para seguir a rotina de treinamentos. Protegido desde cedo pelos pais quanto às falcatruas do mundo da bola, a mãe de Vitor, Dona Zilda, vetou sua ida.

Interessados no futebol promissor do jovem meia, o então treinador do Monte Azul, Luis Carlos Baiaga, recorda as "negociações" com Dona Zilda para autorizar Vitor a ir treinar apenas de sexta-feira, jogar no sábado e depois retornar para sua cidade natal. O treinador ainda garante que, por sua qualidade acima da média, os outros garotos não ficavam enciumados.

- Foi difícil, porque de 13 para 14 anos a mãe não queria deixar ele alojar com a gente. Ele só fazia o coletivo na sexta, jogava sábado e depois ia embora. Só que os outros meninos entendiam, porque ele sempre foi diferenciado - relembrou o treinador, ao LANCE!.

Já crescido, mas ainda tímido, e vivendo há anos longe de casa, Vitor tem o apoio dos pais, da madrinha e da namorada com frequência aos finais de semana em Santos. No próximo domingo, tem, em sua nova "casa", a chance de mostrar à Dona Zilda que a persistência em busca do sonho valeu a pena.

Com a Palavra: Luis Carlos Baiaga, treinador de Vitor no Monte Azul:

vitor bueno
Vitor Bueno defendeu o Monte Azul (FOTO: Arquivo Pessoal)

"Trabalhei com o Vitor só no infantil. Com 15 anos, briguei com o treinador dele no Monte Azul para colocá-lo em campo na Taça BH, para jogar com o Corinthians. Era o mais novo do time. Talento dele de cara ficou evidente. Se eu tivesse outro Vitor aqui hoje, estaria muito feliz (risos)."

Com a Palavra: Alexandre Ferreira, treinador de Vitor no Botafogo-SP

"Vitor chegou para a gente no sub-20 e subimos praticamente juntos ao profissional. Já nos treinos mostrava muita capacidade, e no primeiro jogo ao qual levei ele, contra o Novorizontino, ele estreou com gol. É um jogador muito interessante, com alto poder de finalização. Parece ser lento, mas é um jogador rápido e muito técnico no chute e nos passes."

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