Santos trabalha motivação e pode repetir fórmula de título de 2004
Comissão técnica quer usar fator psicológico a favor dos jogadores e coloca título do Brasileiro como meta para 2016. Fórmula de 12 anos atrás pode ser repetida
Seja goleiro ou atacante, titular ou reserva, garoto ou experiente. Qualquer um dos 32 jogadores do elenco do Santos é capaz de detalhar como o time joga, o que deve ser feito e o que não pode acontecer. Já no fator psicológico, há o que ser trabalhado, e é justamente essa uma das tarefas colocadas em prática por Dorival Júnior nas últimas semanas.
Desde que o time se firmou no G4 do Campeonato Brasileiro, a palavra campeão passou a ser mais usada pelos jogadores. Contendo a euforia, atletas e membros da comissão técnica repetem constantemente que o título nacional é, mais do que um sonho, é uma meta na temporada.
No rico vocabulário ambicioso do Peixe, a classificação para a Libertadores é pouco lembrada, para que não haja um contentamento em ficar em segundo ou menos.
Diferentemente do ano passado, em que o time precisou se recuperar na competição para depois brigar em cima, neste ano o sonho foi traçado no início e ganhou força com os recentes resultados, como a larga vitória larga de 3 a 0 sobre o Atlético-MG.
Na última vez em que foi campeão brasileiro, em 2004, o Santos também aprimorou o aspecto emocional dos jogadores. Após deixar as últimas colocações, o então técnico Vanderlei Luxemburgo dizia que era necessário se acostumar a pensar grande. Na penúltima rodada, o Peixe alcançou a liderança e a confirmou na última etapa do Brasileiro.
Em comparativo com a campanha de 2004, o Alvinegro de 2016 tem embasamento para estabelecer o troféu como meta. Na segunda conquista de Diego, Robinho e companhia, o aproveitamento foi de 64% (27 vitórias, oito empates e 11 derrotas). Na atual campanha, o aproveitamento chega a 60% (11 vitórias, três empates e seis derrotas).
A confiança entre os próprios atletas também é algo relevante para os santistas. O fato do time não cair de produção sem Zeca, Thiago Maia e Gabigol rendeu a Dorival mais opções dentro do elenco.
Sem complexos, o Santos tem, praticamente, um pacto para ser campeão brasileiro após 12 anos.