Vila Belmiro lotou! WTorre detalha planos para atrair mais público ao novo estádio do Santos

O Santos, com grande apoio do seu torcedor, conseguiu superar o Grêmio na Vila Belmiro. Os ingressos se esgotaram rápido, e o estádio contou com 12.933 presentes.

Porém, mesmo entre as dez maiores torcidas do país, o Peixe possui a 17ª pior média de público na Série A. Cada vez mais próxima de se tornar realidade, a nova casa do Alvinegro tem expectativa para um aumento do público, e a WTorre, responsável pelas obras, possui uma estratégia para confirmar a expansão.

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Claudio Macedo, CEO da empresa, concedeu entrevista ao Lance! e contou que o modelo utilizado para engajamento da torcida do Palmeiras no Allianz Parque deve ser replicado na nova Vila Belmiro.

- A WTorre pretende adaptar partes do que é feito no Allianz Parque na nova Vila Belmiro. Os oito anos e meio de operação, em um modelo de negócios totalmente inédito no país, ajudam a empresa a entender o que é necessário e o que dá certo na realização de eventos, entre jogos, shows e ações privadas. O que vimos como gestores da arena nos fez entender como devemos fazer a operação, e há algumas características que entendemos que podem ser replicadas em Santos - disse o representante.

FLUXO FORA DO CALENDÁRIO DE PARTIDAS

Além do crescimento da presença de torcedores nos dias de jogos, a ideia da construtora é manter o movimento 'vivo' mesmo em dias sem partidas de futebol.

- Enxergamos o potencial da nova arena do Santos em dias em que não há jogos, assim como no conceito de Arena Viva que implantamos no Allianz Parque. Também entendemos que há espaço para oferecer novos modelos e produtos durante a realização de eventos. Por exemplo, queremos ter uma área premium no estilo do Lounge Centenário do Allianz Parque, em que o torcedor compra o passe anual e tem entrada garantida em todos os jogos, bem como um serviço de alimentos e bebidas no local e a possibilidade de emprestar o lugar quando não puder comparecer - explicou Claudio Macedo.

- Pensamos também em restaurantes, que ajudam a movimentar os espaços da arena em dias em que não há jogos e shows, mas também servem como espaço de experiência nos dias de eventos. Os restaurantes também são fatores que significam novas opções para o morador de Santos que não necessariamente torce para o time, ajudando a atrair mais público do que apenas o torcedor santista. Essa é uma característica muito forte que identificamos no Allianz Parque e entendemos que o mesmo pode ocorrer em Santos, com a particularidade da proximidade com as cidades vizinhas e o público eventual que pode vir delas - completou o CEO da WTorre.

ATRATIVO PARA EVENTOS

Assim como o estádio do Palmeiras se tornou um local atrativo para shows, a nova Vila Belmiro também deve contar com apresentações musicais e grandes eventos. Para os responsáveis pelo projeto, a modernização do estádio beneficiará o Santos e a população da região.

- Quando falamos de shows, entendemos que a arena santista levará uma estrutura única e nova para o litoral, viabilizando a realização de apresentações de porte e complexibilidade ainda maior na cidade, e tornando Santos o centro das atenções quando se trata de grandes exibições na Baixada Santista - detalhou Macedo.

Um dos estádios mais antigos do Brasil, a Vila Belmiro será demolida para abrir espaço à nova arena. Na visão dos dirigentes e da construtora, o 'templo do futebol' precisa passar por essa transformação para contribuir na evolução do clube e da cidade.

- Sabemos que a Vila Belmiro está fixada na história do futebol mundial e é nossa crença que será um grande passo não apenas para o Santos Futebol Clube, mas para a cidade como um todo. A arena pode contribuir na movimentação da economia, gerar empregos, levar novos modelos de negócios, novas possibilidades em termos de entretenimento e impulsionar o turismo em uma cidade que já tem essa característica tão forte - finalizou o representante da WTorre.

Santos e WTorre assinarão em breve a 'carta de intenção' da construção do estádio. A previsão é que as obras comecem no primeiro semestre do ano que vem.

* Gabriel Teles colaborou sob supervisão de Rafael Oliva