Faltando menos de uma semana para o término das inscrições para a primeira fase do Campeonato Paulista - na próxima sexta-feira (10) -, o São Paulo encontra dificuldades no mercado para contratar um substituto para Nahuel Ferraresi. O clube vê a falta de opções para a zaga como um problema grave por pelo menos as próximas três rodadas da competição.
O venezuelano, então com status de titular absoluto do técnico Rogério Ceni, foi o segundo problema do clube do Morumbi para a defesa neste início de temporada após se contundir gravemente e ter que passar por cirurgia.
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Isso porque Diego Costa, com uma contusão no joelho esquerdo desde a final da Copa Sul-Americana, em novembro do ano passado, só foi submetido a uma cirurgia pelo departamento médico no início da pré-temporada, em meados de dezembro.
A expectativa é que ele volte aos treinos na sexta. Mas a falta completa de ritmo de jogo não o torna, mesmo se o prazo estimado se cumprir, uma opção imediata para Ceni.
Agora, um novo problema. Arboleda, que desfalcou o clube por todo o segundo semestre de 2022 após grave contusão e cirurgia, ainda sente os reflexos da recuperação. Tem uma tendinite que vai lhe tirar dos gramados por pelo menos duas semanas, após fazer um esforço para atuar nos duelos contra os maiores rivais dos tricolores (Palmeiras e Corinthians).
Com os três desfalques, o Tricolor tem apenas duas das cinco opções iniciais disponíveis para sua defesa: Alan Franco, argentino contratado em janeiro, e Beraldo.
LAMENTAÇÕES E FÉ
Já com o Paulistão em andamento, Ceni promoveu da base Matheus Belém, titular do clube na Copa São Paulo de juniores deste ano. Tem também Ythallo, que acabou preterido, mas já trabalhou com o treinador no CT da Barra Funda no ano passado.
São opções de urgência, conforme o próprio Ceni pondera. Isso porque na metodologia implantada, o treinador vê como ideal que se repita o que aconteceu com Beraldo: um ano treinando com o plantel principal para ajudar na adaptação.
Entretanto, um fator pode complicar os planos do comandante são-paulino: a dificuldade encontrada para se achar um zagueiro no mercado.
Conforme o LANCE! apurou, tão logo Ceni passou a pedir pela chegada de um reforço para o setor em suas entrevistas, as buscas começaram. Mas o Tricolor acumulou negativas por empréstimos, método adotado para negociações nesta temporada por conta das dificuldades financeiras.
Três nomes eram os alvos certos do São Paulo. Nenhum teve o andamento esperado pelos dirigentes. Sem poder olhar para estrangeiros, afinal há um número deles acima do limite permitido, os preços assustam.
Um deles é João Marcelo. Com passagens pela base de Vasco, Fluminense e Grêmio, o jogador do Porto B foi sondado. Mas os portugueses sequer quiseram discutir qualquer tratativa.
Outro que segue na pauta é Joaquim, do Cuiabá. A primeira abordagem tricolor foi para tentar o empréstimo. Recebeu uma negativa. O time mato-grossense só aceita vender. O preço? 4 milhões de euros (cerca de R$ 22,3 milhões).
O Tricolor oferece R$ 8 milhões, segundo apurou o L! com fontes da cúpula são-paulina por uma parte dos direitos federativos. Aguarda resposta.
Enquanto isso, Ceni precisa honrar o apelido de 'Clube da Fé' e apelar para forças divinas. Com só duas opções disponíveis apenas, tem três jogos (Santo André, neste domingo, Bragantino e Santos) para passar sem expulsões e contusões, para não ser obrigado a mandar a campo uma das 'Crias de Cotia'.
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