Abalado, São Paulo usa Rodrigo Caio como exemplo para reação em 2016
Diretoria do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva acredita que o zagueiro tem o perfil que o clube busca: personalidade, liderança e preocupação com o futuro do time
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Coube ao zagueiro Rodrigo Caio, de 22 anos, dar explicações sobre a trágica derrota para o Corinthians por 6 a 1 no último domingo. Mas não foi por acaso que o atleta falou nesta terça-feira com a imprensa e cobrou seus companheiros. Ao contrário de alguns mais experientes, Rodrigo é visto pela diretoria como o exemplo de jogador que o clube busca para 2016. Em outras palavras, representa o São Paulo que Leco pretende implantar a partir de agora.
Com personalidade, Rodrigo mostrou-se abalado com a derrota e admitiu que percebe falta de comprometimento no elenco. Foram dois fatores já citados pelo presidente na entrevista coletiva de segunda-feira.
– Claro que percebemos. Acredito que o jogador tem sua consciência. Quando você põe a cabeça no travesseiro, tem essa percepção. Eu tenho muito. Quando faço coisa errada, fico muito triste. Não tem minha família, amigos, ninguém consegue tirar a tristeza dentro de mim. Acredito que cada jogador tem de ter essa reflexão – declarou o camisa 3.
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O São Paulo já declarou que vai reformular o elenco para 2016 e buscará um perfil de jogadores que sintam mais a derrota. Daí o interesse no uruguaio Diego Lugano, cujo estilo se encaixa perfeitamente no que a cúpula pretende. No entanto, fatores como a capacidade técnica do zagueiro do Cerro Porteño (PAR) e a pressão que a presença do ídolo exerceria sobre o grupo e o futuro treinador o afastam do clube neste momento. A diretoria ainda não bateu o martelo, mas está inclinada a buscar de outras formas os aspectos que Lugano traria.
Para entender o espírito de liderança de Rodrigo no São Paulo é preciso relembrar sua trajetória no clube. Promovido ao profissional em 2011, só perderá em tempo de casa em 2016 para o goleiro Denis, que estreou em 2009. Rodrigo já passou por maus bocados neste período, como uma cirurgia no joelho direito que o afastou dos gramados por seis meses e uma venda mal-sucedida para o Valencia (ESP), após ir à Espanha para fechar. Mas nem por isso o zagueiro se abala.
– Não reclamo de nada na minha vida. Graças a Deus tenho saúde, estou realizando meu sonho de jogar no São Paulo, e o mais importante, faço meu melhor sempre.
Apesar dos problemas, Rodrigo seguiu valorizado e recebeu a proposta de 15 milhões de euros do Valencia, que sucumbiu de última hora. É titular da seleção olímpica atuando como volante, posição em que já não atua mais costumeiramente no São Paulo.
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