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Aguirre explica Everton no banco e diz compreender gritos de ‘burro’

Técnico do São Paulo diz que o atacante não teria condições de jogar por 90 minutos e admite rendimento abaixo do esperado da equipe, nesta e em outras partidas

São Paulo x Palmeiras
Diego Aguirre durante a derrota no Morumbi - FOTO: Luis Moura / WPP

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Irritados com a derrota por 2 a 0 para o Palmeiras, que encerrou um tabu de 16 anos e meio no Morumbi e distanciou o São Paulo da liderança, alguns dos quase 57 mil torcedores que foram ao estádio gritaram "burro" para o técnico Diego Aguirre. O uruguaio admitiu que sua equipe teve desempenho fraco e disse compreender a insatisfação.

- Não fizemos um bom jogo e era uma decisão, isso é verdade. Temos que assumir esse momento e reverter rapidamente. Estamos todos doídos, entendo que a torcida esteja um pouco brava, porque todos esperávamos outra coisa hoje. Mas temos que renovar a ilusão e nos preparar para vencer o próximo jogo. Como treinador, obviamente sou responsável pelas coisas que acontecem - declarou Aguirre.

O técnico explicou porque Everton, recuperado da fibrose na coxa esquerda que o deixou fora das duas partidas anteriores, só foi a campo no intervalo:

- Obviamente eu gostaria que Everton estivesse bem, em seu nível. É claramente titular do time, mas só treinou três dias e não estava para jogar 90 minutos. Ainda tem um risco de lesão, deixamos para o segundo tempo para cuidar um pouco dele, pelas condições físicas. Optamos por outras alternativas. Coloquei o Rodrigo Caio (na lateral direita) por uma das qualidades que ele tem, que é o jogo aéreo, e tomamos um gol na bola parada. Nós sabíamos as fortalezas do rival, mas esse gol aconteceu e mudou nossa ideia de jogo, que era ir fazendo as trocas para o time ficar mais ofensivo e encontrar mais situações de gol. Perdendo por dois gols no primeiro tempo ficou muito difícil.

Aguirre também foi questionado sobre o fato de Nenê, um dos destaques são-paulinos no Brasileirão, ter saído no intervalo para a entrada de Gonzalo Carneiro. Ele preferiu não falar especificamente sobre o rendimento do camisa 10:

- Não vou falar de individualidades, porque seria culpar um ou outro jogador. Estamos juntos, é um problema interno (a queda de rendimento) que tentaremos resolver.

Agora com quatro pontos a menos que o líder, que é o próprio Palmeiras, o São Paulo terá um confronto direto com o Internacional, às 16h do próximo domingo, em Porto Alegre.

Veja outras respostas de Diego Aguirre:

Análise do jogo

Não ouvi (os gritos de burro). Ainda temos muitos jogos pela frente e não vamos desistir de tentar ganhar a maior quantidade de pontos para ver o que acontece, isso é a primeira coisa. É verdade que não foi um bom jogo. Tomamos um gol de bola parada. A estratégia que tínhamos para o jogo era segurar e tentar, na segunda parte, com as mudanças, encontrar situações ofensivas. Mas mudou tudo. Esse gol foi na primeira situação de risco para nós.

Apagão após o primeiro gol

Foi um jogo muito travado, não pudemos ter a bola em praticamente nenhum momento. Eles também não, e claro que mudou tudo quando tomamos o primeiro gol. O time sentiu, ficamos em desespero, rapidamente tomamos o segundo. Foi um momento que o time sentiu, ficamos um pouco desconcertados.

Queda de rendimento coletiva e individual

Nós tomamos dois gols de bola parada (nos últimos dois jogos), coisa que não pode acontecer. Hoje não fizemos bom jogo. Sobre rendimentos individuais ou coletivos, uma coisa vai junto com a outra, não separado. Seguramente algum rendimento individual não está tão bem e repercute no time. A realidade é que não estamos encontrando o futebol que esse time pode fazer e já mostrou. Temos que nos preparar para voltar a jogar um bom futebol e ganhar os próximos jogos. Sei que foi uma derrota dura, mas isso (Brasileirão) não acabou. Ainda estamos nas primeiras posições porque o time já mostrou coisas boas em situações difíceis. Vamos tentar que essas coisas voltem e que o time volte a ter o nível que pode ter. Obviamente estamos preocupados e tristes, mas a única coisa a fazer é trabalhar e olhar para a frente.

Queda de rendimento mesmo com semanas livres

Não sei. Também fico um pouco surpreso, todos esperavam outra produção. Mas não tem uma só razão, são coisas que estão acontecendo. Estamos em um momento de resultados que não são os que nós esperávamos. Temos que rapidamente voltar a treinar e depois olhar para o próximo jogo, que é importantíssimo, em Porto Alegre, com o Inter. É tentar ganhar, isso é imediato.

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