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Ainda há paciência: entenda o que o São Paulo quer de Diego Souza

Comissão técnica espera que o jogador demonstre mais intensidade e melhore seu desempenho em campo; comportamento fora das quatro linhas é visto como exemplar

Corinthians x São Paulo
Diego Souza fez 16 jogos pelo Tricolor e anotou apenas três gols pela equipe do Morumbi (EDUARDO CARMIM/PHOTO PREMIUM)

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O corte de Diego Souza da viagem para a Argentina, para a estreia do São Paulo na Copa Sul-Americana, contra o Rosario Central, tem uma explicação simples: o fraco desempenho do camisa 9 nas partidas do Tricolor. Contratado por R$ 10 milhões do Sport, o experiente jogador, de 32 anos, ainda não conseguiu demonstrar um bom futebol no clube do Morumbi, mas a comissão técnica chefiada por Diego Aguirre não desistiu do meia-atacante.

Diretoria, torcida e funcionários do clube esperam que jogador demonstre mais intensidade e poder de reação em campo. O duelo contra o Corinthians, em Itaquera, pela semifinal do Paulistão, pode ser usado como exemplo para ilustrar a fase de Diego Souza.

Naquela ocasião, o jogador entrou no segundo tempo da partida e teve pelo menos uma boa chance de fazer o gol que colocaria o Tricolor na decisão, mas não teve a postura esperada e tomou decisões erradas. Nas penalidades, Diego parou nas mãos de Cássio e o São Paulo foi eliminado do estadual.

Em sua chegada ao clube, no dia 11 de janeiro, o camisa 9 brigava por uma das 23 vagas na lista de Tite para a Copa do Mundo da Rússia. As seguidas más atuações no Tricolor praticamente liquidaram suas chances de irem para o Mundial. Ao todo, o meia-atacante soma 16 jogos, 989 minutos em campo e apenas três gols pela equipe do Morumbi.

Apesar do momento de Diego Souza não ser dos melhores, a comissão técnica acredita que o corte, justamente em um jogo tão importante, possa surtir algum efeito no atleta. Atualmente, seja entre os meio-campistas ou entre os atacantes, o camisa 9 está atrás de todos os seus concorrentes e precisa demonstrar serviço para retomar o prestígio de outrora.

O meio-campista Nenê, um dos jogadores do elenco que Diego mais tem afinidade, tem avaliação oposta. O ex-vascaíno colocou o peruano Cueva no banco de reservas e foi bem aceito pelos torcedores. O centroavante Tréllez, apesar de ainda estar devendo tecnicamente, é outro que está com o moral alto no clube por conta de sua entrega dentro de campo - justamente o que falta em Diego.

Embora a postura do camisa 9 dentro de campo não seja a ideal, fora das quatro linhas o comportamento de Diego é elogiável. O jogador tem uma boa relação com as pessoas do clube e não há nem um caso sequer de indisciplina ou atraso registrado desde a sua chegada no São Paulo. Por isso, há esperança. O problema de Diego Souza não é comprometimento, é técnico.

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