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Alan Kardec diz que peso da camisa salvou o São Paulo em ano turbulento

Para o camisa 14 do Tricolor, a crise enfrentada pelo clube nos bastidores em 2015 poderia ter sido pior: 'Se fosse em outro lugar, a situação talvez fosse de rebaixamento'

HOME - São Paulo x Atlético-MG - Campeonato Brasileiro - Alan Kardec (Foto: Mauricio Hummens/Fotoarena/LANCE!Press)
imagem cameraCentroavante tem 11 gols nesta temporada (Foto: Mauricio Hummens/Fotoarena/LANCE!Press)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 01/12/2015
18:18

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Em 2015, o São Paulo conviveu com cobranças de dívidas, atrasos nos salários dos jogadores, trocas de técnicos e até com a renúncia de um presidente. Ainda assim, a equipe tem boas chances de terminar o Campeonato Brasileiro na quarta colocação e garantir vaga na Copa Libertadores da América de 2016. Para Alan Kardec, essa reação foi provocada pelo "peso da camisa" do clube.

- A única explicação é a camisa pesada, a história. Foram tantos problemas e mesmo assim depende somente de nós para ir à Libertadores. Se fosse em outro lugar, a situação talvez fosse de rebaixamento. A camisa pesou e o talento individual dos jogadores também pode pesar. O ano de 2015 foi um pouco irregular e no próximo precisamos fazer de tudo para ser uma temporada melhor - explicou o centroavante.

Kardec prosseguiu com o tom otimista em sua entrevista coletiva no CT da Barra Funda e apostou que, sem os problemas nos bastidores e vendas de atletas, o São Paulo ainda estaria brigando com o Corinthians pela liderança do Brasileirão. Entre as negociações de jogadores, as saídas de Denilson e Souza foram as mais lamentadas, mesmo que tenham aberto caminho para Thiago Mendes se tornar peça fundamental para o Tricolor.

'Quando você perde dois homens de meio-campo, que se conheciam como Denilson e Souza, isso mexe muito na equipe'

- A tabela tem uma diferença enorme para o primeiro colocado, mas talvez o ano pudesse ter sido mais tranquilo, já com a vaga na Libertadores garantida, brigando com o Corinthians... Quando você perde dois homens de meio-campo, que se conheciam como Denilson e Souza, isso mexe muito na equipe. Entrou o Thiago, que se destacou em um excelente ano, mas levou certo tempo para encaixar alguém com ele - argumentou.

Confira outros trechos da entrevista coletiva de Alan Kardec:

Como será 2016 sem Rogério Ceni e Luis Fabiano? Você se coloca como um candidato a ídolo da torcida a partir de agora?

Os jogadores que sairão são referências de identificação com o clube ou bons jogadores que trabalharam bem aqui. Os que ficam precisam fazer um ano melhor e pensar no compromisso que teremos em uma Libertadores.  Com certeza (se candidata a ídolo). A partir do momento em que você faz coisas boas e participa de títulos, pode entrar na história. E eu estou trabalhando para fazer isso, para entrar na história do São Paulo.

Está tranquilo para ser o centroavante titular sem concorrência?
Estou extremamente preparado. Trabalho pensando em jogar sempre. Ano que vem vou me preparar para manter isso. É com trabalho que mostro meu valor, as palavras não bastam. As pessoas falam, mas é em campo que precisa provar ajudando o time a conquistar as vitórias. Não adianta ter dez estrelas em campo e não ter resultado. Hoje é diferente do ano passado e 2016 será ainda mais. O Rogério é um garoto de muita velocidade, força e boa finalização. Pode me completar bem no ataque no ano que vem.

Mas acredita que vocês dois são suficientes para disputar a Libertadores, caso o time se classifique no próximo domingo?
Poupar não é tirar todo mundo de um jogo para o outro, é identificar quem está mais desgastado e trocar quatro, cinco peças. Quando você mexe muito, você tira as referências e atrapalha o time. Depende muito da importância das partidas, mas eu sempre me cuido, tento me recuperar para jogar todos os jogos. Quando tem muita peça para repor, fica mais fácil para o treinador, mas é possível poupar mesmo com poucas opções. Pode ser que só ter eu e Rogério para três posições seja pouco, porque acontecem lesões, suspensões... É bem claro que é pouco.

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