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Ambidestro, 10 do São Paulo na base promete ‘chegar perto’ de Hernanes

Lucas Fernandes iniciará 2016 com novas responsabilidades e os mesmos sonhos que alimenta há uma década; Ganso e Iniesta são as outras inspirações para o meia de 18 anos

Lucas Fernandes - São Paulo
imagem cameraLucas no jogo contra o Atlético-PR, a decisão da Copa do Brasil Sub-20 deste ano (Foto: São Paulo FC)
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Lance!
Cotia (SP)
Dia 29/12/2015
18:43
Atualizado em 29/12/2015
20:15

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Enquanto o São Paulo arma estratégias para agir no mercado e reforçar o elenco profissional sem muitos recursos, os olhos da torcida se voltam para as categorias de base do clube. E, com o peso da camisa 10, o meia Lucas Fernandes terá de carregar novas responsabilidades em 2016, começando pela Copa São Paulo de Juniores.

– É minha hora como camisa 10. A responsabilidade aumenta muito mais e eu preciso estar preparado para fazer a diferença. E esse time mostra que jogando em grupo a parte individual sempre aparece. A falta de dinheiro não deveria ser o único motivo para usar a base e me preocupo com esses problemas financeiros, mas como jogador confio na qualidade desta geração para ajudar o time de cima a conquistar títulos – apostou, ao LANCE!.

Lucas jogará o torneio pela terceira vez na carreira, toda construída no Tricolor. A próxima edição, que começa no fim de semana, será a primeira como titular e respaldada pelos títulos da Copa Ouro, da Copa do Brasil e da Copa Ipiranga com o time sub-20 neste ano. Além disso, foi campeão e o craque do Campeonato Brasileiro de seleções estaduais, resgatado pela CBF em dezembro e vencido pelo selecionado paulista.

O meia agora sonha ainda mais alto, mesmo que com cautela. Sabe que ainda é franzino demais e que precisa aprender muito antes de se destacar como profissional. Até mesmo na entrevista mostrou dificuldades de encarar a timidez. Arrastava o pé direito no gramado para disfarçar e só se desprendia quando falava de suas referências na posição.

– Cheguei a treinar uma ou duas semanas para pegar experiência. Foi bom, valeu a pena ver os jogadores lá de cima para evoluir. Reparei na calma que eles têm para fazer as coisas. Isso faz com que o jogo tenha um ritmo diferente. Fiquei olhando mais para o Ganso, né? Ele é da minha posição (risos). Olhei a capacidade técnica dele, como cria os lances, como desequilibra um jogo... Estou tentando aprender cada vez mais com ele. O problema é que foi só na observação mesmo (risos). A gente fica com vergonha, meio tímido de perguntar. Quando eu subir de vez, aí sim vou tentar conversar para pegar mais experiência - confessou o armador, antes de prosseguir com a lista:

- Na infância, minha referência era o Ronaldinho Gaúcho, no Barcelona. Aquela fase dele foi a mais top. Hoje em dia olho mais o Iniesta. Ele mostra que não precisa ficar segurando a bola para aparecer. O jogo dele é simples, de toque rápido e drible para fugir da marcação apenas. Me inspiro no jogo dele - disse.

A maior inspiração de Lucas Fernandes, no entanto, vem do passado. Quando tinha oito anos, vibrou com o tri mundial do São Paulo em 2005 sobre o Liverpool (ING) em meio a brincadeiras com o pai, que o obrigava a chutar com as duas pernas. Se a esquerda não fosse usada, a bola sumia. Melhor para o meia, que pôde crescer vendo a tese do pai comprovada pelos passos de Hernanes, ídolo tricolor e titular da Juventus, na Itália.

Lucas Fernandes - São Paulo
O camisa 10 do Tricolor em ação contra o Goiás, também na Copa do Brasil Sub-20, mas no CFA Laudo Natel, em Cotia (Foto: São Paulo FC)

– Se eu não chutasse com a esquerda, ele parava a brincadeira na hora. Eu fui pegando o jeito e o gosto, evolui e agora vejo resultado. É mais fácil no jogo, não preciso ficar ajeitando o corpo para tocar, chutar... Por isso me espelho muito no Hernanes. Vejo ele jogando e percebo que fica muito mais fácil por usar as duas pernas. A bola chega e é muito mais difícil ver um erro de domínio ou passe. E o chute dele é muito bom! Já me compararam a ele, fiquei feliz, mas é muita diferença, não dá para falar essas coisas ainda (risos). Só que eu quero evoluir para tentar ser parecido com ele um dia -  prometeu o garoto, que tem contrato até o fim de 2019, em renovação concluída durante esta temporada.

Confira bate-papo exclusivo com Lucas Fernandes:

Quais são suas origens na vida e no futebol?

Eu sou de São José dos Campos. Até nasci em São Bernardo, mas me criei em São José mesmo e comecei a jogar lá. Depois fui para o Moreira e me trouxeram para cá. Fiquei fazendo teste durante um ano e fui chamado para ficar de vez no São Paulo. Desde 2011 que estou aqui. Cheguei com 13 para 14, quando pude alojar.

O que sentiu quando chegou à Cotia?
É inexplicável a sensação quando se chega aqui a primeira vez. Parece que é uma coisa de outro país, de outro mundo. Para mim, que sempre fui são-paulino, foi ainda mais inesquecível. Vim conhecer e realizei a parte de um sonho. A outra é subir para o profissional.

Qual sua principal característica e no que precisa melhorar?

Acho que minha principal característica é a capacidade de ler o jogo, de não segurar tanto a bola. Não driblador, mas sou um cara que faz o jogo correr tocando a bola e deixando o companheiro em boa condição de chutar. Falta ainda experiência, maturidade, ganhar mais corpo. É visível, sou magro demais e franzino. Por isso tenho que evoluir para compensar isso.

Quais as memórias que tem da infância como torcedor?
Eu sempre fui apegado a futebol. Jogava na escolinha do São Paulo em São José e às vezes fazíamos excursões para o CT da Barra Funda. Era um sonho! Olhava tudo aquilo e queria estar lá. Quando vejo que estou mais perto do que antes... É uma sensação que só eu sei explicar. Já acostumei, mas ficava encantado. Agora é ter cabeça firme para subir e não descer de novo. Continuo empolgado! O momento que mais me marcou foi o Mundial de 2005, contra o Liverpool. Eu tinha oito anos quando o Rogério pegou aquela falta, tinha o Josué... Aquele título despertou de vez a vontade de jogar no São Paulo e até hoje uso esse sonho para me motivar.

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