Antes do jogo de ida da final da Copa do Brasil, o técnico Dorival Júnior afirmou que não é fácil para o São Paulo 'virar a chavinha' entre diferentes competições. É por isso que, normalmente, partidas marcadas entre dois confrontos de mata-mata acabam por ser minimizadas por torcedores e jogadores envolvidos.
Entretanto, este não é o caso da derrota do Tricolor por 2 a 1 diante do Fortaleza, pelo Brasileirão. Isso porque a partida deixa uma importante lição para o segundo jogo da final da Copa do Brasil diante do Flamengo, marcado para o domingo: no futebol, a eficácia (resultado) de um ataque é tão importante quanto a eficiência (execução) dele.
Diante do Leão, o São Paulo criou boas chances de gol. Pressionou o adversário e fez do goleiro adversário, João Ricardo, o melhor em campo. Além das defesas, foram duas bolas na trave (uma com Luan e outra com James Rodríguez) e um pênalti desperdiçado (também por James Rodríguez), Números do site 'Sofascore' apontam que o time de Dorival Júnior finalizou 17 vezes no jogo.
Indo além das estatísticas, o Tricolor controlou a partida da forma que mais gosta: com posse de bola, se movimentando bastante e trocando passes pelo meio do campo. Por conta da boa execução das ideias, alguns jogadores se destacaram mesmo neste contexto, como Gabriel Neves (muito inteligente na ocupação de espaços), Welington (sempre uma ótima opção no ataque) e até mesmo Luan (bastante intenso no meio-campo).
Convenhamos que, às vésperas daquela que foi classificada como 'a final da vida do São Paulo' pelo próprio Dorival Júnior, saber que o time está bem organizado e o elenco reserva oferece boas soluções é uma ótima notícia.
No entanto, os gols perdidos servem para lembrar que a vantagem do jogo de ida, embora importante, ainda é magra. Um adversário qualificado, como é o Flamengo, não costuma perdoar quem não guarda as chances de gol que cria. Assim, a vantagem que o São Paulo possui hoje pode virar pó em questão de minutos.
O Tricolor está um passo de conquistar o título inédito. Geralmente, jogos como este contra o Fortaleza costumam trazer mais problemas que soluções. Com um treinador experiente - e competente - como Dorival no comando, o São Paulo tem tudo para transformar a derrota da quarta-feira em aprendizado para a grande decisão do domingo.