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ANÁLISE: Erros individuais e formação diferente derrubam o São Paulo; é motivo para desespero?

Segunda derrota consecutiva: o resultado contra o Grêmio foi bastante prejudicado por falhas individuais

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imagem cameraCalleri foi o autor do único gol são-paulino (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 05/06/2023
05:02
Atualizado em 05/06/2023
08:59

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A tentativa de implementar um sistema diferente daquele ao qual Dorival Júnior estava acostumado em seu comando no São Paulo talvez tenha resultado na perda dos três pontos pela equipe no Brasileiro. No confronto contra o Grêmio, uma formação incomum, que não era utilizada há muito tempo, foi escolhida: jogar com três zagueiros.

A mudança tática foi motivada pela necessidade de contemplar os alas da equipe. Rafinha, embora tenha viajado com o elenco para Porto Alegre, não foi relacionado para poupar seu desgaste físico, e Raí Ramos acabou sendo a única opção disponível, já que os outros laterais-direitos estão lesionados. Além disso, Diego Costa também foi um desfalque de última hora devido a um trauma no joelho. Portanto, a formação de três zagueiros foi adotada, com Beraldo, Arboleda e Alan Franco, enquanto Raí Ramos e Caio atuaram como alas.

Além dos desfalques, a escolha da formação também foi influenciada pelas características ofensivas de Raí Ramos e pela familiaridade de Caio em atuar nesse esquema. No entanto, essa decisão levanta um ponto a ser considerado: ter três zagueiros não garante uma defesa mais sólida, e ao adicionar um zagueiro extra, outro setor do time perde um jogador. No jogo deste domingo (4), o São Paulo entrou em campo sem um segundo volante.

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Os efeitos dessa mudança foram evidentes e afetaram vários aspectos do jogo. Um dos problemas observados foi na saída de bola. Quando o volante estava isolado para a construção do jogo, surgiram grandes dificuldades. Pablo Maia tinha apenas duas opções: recuar a bola ou tentar driblar um adversário marcado. Isso resultou na perda do controle do meio-campo pelo São Paulo, principalmente devido à falta de um jogador para auxiliar a Cria de Cotia. Normalmente, esse papel era desempenhado por Gabriel Neves, que ficou no banco por estar pendurado, como uma estratégia visando o clássico contra o Palmeiras na próxima rodada.

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De fato, o maior problema do São Paulo na partida foi na parte defensiva. Com apenas um volante em campo, a responsabilidade de cobrir as laterais ficava a cargo dos zagueiros. Alan Franco precisava dialogar com Raí Ramos, enquanto Beraldo com Caio. No entanto, as coisas não aconteceram conforme o planejado.

No gol sofrido por Reinaldo, por exemplo, Raí abandonou sua marcação, cometendo um erro individual. Embora exista a justificativa tática de que o São Paulo não estava acostumado a jogar nessa formação com o elenco atual, a função de Raí Ramos naquele momento era exclusivamente marcar Reinaldo. Infelizmente, essa responsabilidade foi ignorada quando ele se deslocou para se juntar à entrada da defesa, forçando Alan Franco a se movimentar de maneira inadequada.

Em relação ao pênalti cometido por Cristaldo, não há uma argumentação muito complexa. Foi um gesto "juvenil" por parte de Alan Franco, que poderia ter sido evitado. É a partir desse ponto que o resultado negativo da partida surge: dois erros individuais.

O São Paulo não conseguiu virar o jogo por um motivo simples: a dificuldade na saída de bola. Quando a saída de bola é prejudicada, fica mais difícil avançar com efetividade. A melhor jogada do Tricolor paulista, que resultou no gol de Calleri, foi originada a partir de um cruzamento da intermediária, com Caio avançando pela lateral. Se não é viável sair pelo meio, a alternativa seria buscar o jogo pelas laterais como uma forma de aliviar a pressão e criar oportunidades de ataque.

As duas derrotas são motivos para 'desespero'?

Não. Embora o sufoco na classificação do São Paulo na Copa do Brasil tenha assustado o torcedor, a situação contra o Grêmio foi completamente diferente, algo que foi justificado pelo próprio Dorival Júnior durante a coletiva de imprensa. O São Paulo só não saiu feliz por problemas individuais e por conta desta formação adotada. Agora, é esperar para ver a postura da equipe na quinta-feira (8), contra o Tolima, quando poderá decidir seu futuro na Copa Sul-Americana. Até então, são problemas que podem ser resolvidos.

No primeiro tempo, o São Paulo só perdeu o domínio devido a essas falhas. E como mostrado anteriormente, "uma coisa leva a outra".

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