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Análise: Desfalques importantes e bons adversários explicam o início ruim do São Paulo no Brasileirão

Tricolor não contou com Benítez e Daniel Alves nas duas primeiras rodadas do campeonato, além de outros três desfalques na partida contra o Atlético Goianiense

São Paulo iniciou o campeonato com um empate e uma derrota
São Paulo iniciou o campeonato com um empate e uma derrota (Foto: Rubens Chiri/ saopaulofc.net)

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O São Paulo iniciou o Campeonato Brasileiro com o 'pé esquerdo'. Após estrear com um empate sem gols diante do Fluminense, no Morumbi, o Tricolor foi derrotado pelo Atlético Goianiense, por 2 a 0, fora de casa, na segunda rodada da competição. O time que apresentava talvez o melhor futebol do país acumula uma sequência de atuações ruins, mas alguns fatores explicam.


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Antes de qualquer análise do desempenho da equipe, é necessário inserir o contexto devido. O São Paulo teve dois jogos difíceis no Brasileirão, contra times muito bem organizados e contou ainda com desfalques.

Diante do Fluminense, o Tricolor Paulista enfrentou uma equipe embalada, que fez uma grande campanha na fase de grupos da Libertadores e muito bem armada pelo treinador Roger Machado.

Além disso, a marcação do time carioca, não cedendo espaços para o São Paulo, foi um dos fatores determinantes para a menor produção da equipe.

É importante ressaltar, também, que a capacidade de criação do time de Hernán Crespo é prejudicada sem as presenças de Benítez e Daniel Alves, jogadores cruciais para o ataque da equipe que foram desfalques por lesão.

Daniel foi substituído por Igor Vinícius, que muda muito a característica do setor direito do campo. Enquanto o camisa 10 é um ala de maior capacidade de criação, se envolvendo na jogada no setor de meio de campo, Igor é um ala de maior capacidade física, que busca o fundo do campo e, com velocidade, procura cruzamentos para a área.

Esses cruzamentos foram peça chave para o bom desempenho do São Paulo nas partidas contra a Ferroviária e o Mirassol, no Paulistão, mas um dos maiores motivos pelo qual a jogada funcionava com perfeição era a presença do argentino Martín Benítez, que se incumbia do papel da criação e liberava Gabriel Sara e Liziero para fazerem infiltrações, além do atacante da equipe, Pablo.

Contra o Fluminense, sem esses dois jogadores, a criação foi comprometida em muitos momentos. Com um time que cedia poucos espaços, o drible curto e a capacidade encontrar bons passes de Martín Benítez fizeram falta para o ataque do Tricolor Paulista.


Diante do Atlético Goianiense, o time sofreu ainda mais com os desfalques, e, ainda por cima, enfrentou um time embalado, em um trabalho com 100% de aproveitamento de Eduardo Barroca, que venceu o Corinthians fora de casa duas vezes seguidas.

Na segunda rodada, o Tricolor teve cinco desfalques no time titular. Daniel Alves e Benítez seguiram fora, enquanto Luan (lesionado), Liziero (convocado para a seleção olímpica) e Arboleda (convocado pela seleção do Equador) também desfalcaram o time.

Com isso, o meio de campo perdeu sua estrutura. Sem Luan para fazer o papel de contenção no meio e Liziero para fazer um papel de segundo volante, os substitutos, Rodrigo Nestor e Shaylon, não conseguiram exercer a mesma função, resultando em menor liberdade e agilidade no meio, problema que passou também pelo meia Gabriel Sara, que não fez boa partida.

No ataque, Benítez fez falta. O substituto da vez foi Joao Rojas, que jogou ao lado de Luciano. Sem conseguir agregar na criação, o Tricolor teve dificuldades em chegar com perigo e colocar a defesa do Dragão em risco.


Na defesa, o Tricolor sofreu com jogadas aéreas em lances de bola parada nos últimos jogos, principalmente contra o 4 de Julho, pela Copa do Brasil.

Neste jogo, em específico, um dos principais fatores é a falta de entrosamento de um trio de zaga inédito com Orejuela, lateral direito ofensivo, improvisado como zagueiro.

Contra o Atlético Goianiense, o São Paulo levou outro gol em uma bola parada, com cabeçada do zagueiro Éder. Já o segundo gol sofrido pela equipe foi fruto de um erro na saída de bola, onde Galeano recebeu de costas o passe de Tiago Volpi e teve dificuldades em achar uma opção de passe. Assim, perdeu a bola, que sobrou para João Paulo encobrir o goleiro, que estava fora de posição.

O que é interessante dos gols sofridos é a pontualidade. São lances de erros específicos, em bolas paradas ou um lance de erro individual. Nos últimos três jogos, o Tricolor não concedeu nenhum gol de uma jogada de ataque trabalhada pelo adversário.

O próximo compromisso do São Paulo é uma decisão. Na próxima terça-feira (8), o Tricolor recebe o 4 de Julho, do Piauí, no Morumbi, precisando vencer a partida para se classificar para a próxima fase da Copa do Brasil.

Após perder o primeiro jogo por 3 a 2, o São Paulo precisa vencer o time piauiense por dois gols de diferença no Morumbi. Caso a vitória seja por apenas um gol de vantagem, a decisão será nos pênaltis.

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