A vitória do São Paulo por 2 a 0 diante do Internacional pode representar mais um passo importante no trabalho de Dorival Júnior para o restante da temporada. Isso porque a equipe apresentou controle quase que absoluto do jogo, e mostrou uma consistência bem maior se comparado com os últimos jogos pelo torneio nacional - contra América-MG e Coritiba.
Um dos segredos para essa consistência foi a nova formação apresentada pelo treinador. Se Dorival tentou reproduzir um '4-4-2 losango' em sua estreia contra o Coelho, contra o Colorado o comandante tricolor mandou a campo um 4-2-3-1, formação mais habitual ao longo de sua carreira, com Gabriel Neves, Pablo Maia e Rodrigo Nestor no meio-campo.
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No momento ofensivo, o uruguaio era o primeiro volante, responsável por iniciar as jogadas, enquanto Pablo Maia dava apoio para a saída. A novidade ficou por conta de Rodrigo Nestor mais adiantado, como um meia. A construção do São Paulo ganhou mais qualidade e, acima de tudo, segurança, já que Gabriel e Pablo dão mais garantia de que não errarão o passe ou serão desarmados, em comparação com Nestor.
Mas, sem dúvida alguma, o grande trunfo do Tricolor na partida esteve no comportamento dos meias na hora de defender. Com dificuldade para tocar a bola por longos períodos de tempo - o time teve apenas 43% de posse -, os jogadores formavam um 4-1-4-1 com Gabriel atrás de Maia e Nestor, que foram bastante agressivos na marcação. Alan Patrick, jogador mais importante no meio Colorado, foi anulado graças a esta trinca.
Números da plataforma 'Sofascore' ajudam a demonstrar a eficácia do trio nas recuperações de bola: o trio foi responsável por 20% dos cortes (seis para o trio, em um total de 30) e quase 50% dos desarmes (nove para o trio, em um total de 19) de toda a equipe. Individualmente, Pablo Maia chegou a ser o terceiro atleta com mais cortes (4), atrás apenas da dupla de zaga, e o que mais desarmou (4).
Por enquanto, este meio-campo combativo, que deixa o time mais seguro, é o grande mérito do trabalho de Dorival, que afirmou na coletiva: com a segurança das vitórias, busca um São Paulo mais com a sua cara. Quer que o time tenha paredes e infiltrações para envolver o adversário. A ver como a equipe assimilará estas ideias, naquele que deve ser o próximo passo na evolução do trabalho.