ANÁLISE: São Paulo mostrou ter mais time que Flamengo e deu passo gigantesco rumo ao título da Copa do Brasil
Além do placar, o desempenho do Tricolor superou qualquer expectativa
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O São Paulo deu um passo importantíssimo rumo ao inédito título da Copa do Brasil com a vitória por 1 a 0 sobre o Flamengo. Não apenas pelo placar, acima de qualquer expectativa, mas também pelo desempenho do time, que mostrou ser muito mais organizado que o Rubro-Negro.
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Se até a última partida, na quarta-feira (13) diante do Internacional, o Tricolor deixava mais dúvidas do que certezas na cabeça do seu torcedor - especialmente após a entrevista coletiva de Dorival Júnior, em que o treinador pouco falou dos problemas do time - o primeiro jogo da decisão nacional mostrou um São Paulo que não víamos há algumas semanas.
A começar pela consciência que o time demonstrou nos diferentes momentos do jogo, controlando a posse nos momentos de esfriar o jogo e tentando avançar em campo nos momentos de fragilidade do Flamengo. Essa maturidade é fruto de trabalho, e mais uma vez Dorival precisa ser enaltecido.
Com a bola rolando, Jorge Sampaoli, treinador do Flamengo, tentou atrapalhar a circulação de bola do São Paulo ao posicionar Bruno Henrique aberto pelo lado esquerdo do ataque, jogando em cima de Rafinha. A intenção do treinador era inibir passes e movimentos mais ofensivos do lateral-direito, já que ele costuma ser o responsável por distribuir o primeiro passe na construção de jogo do Tricolor.
Para além da magnífica atuação de Rafinha, especialmente nos duelos defensivos, rapidamente o time soube identificar a melhor 'rota de ataque' para o contexto do jogo: as chegadas de Caio Paulista, especialmente após inversões de bola partindo do lado esquerdo. E foi justamente em um lance desses que o São Paulo marcou o gol da vitória.
O lance teve início em um arremesso lateral do lado direito, cobrado e invertido rapidamente para o corredor esquerdo, onde Caio teve campo para avançar nas costas de Gabigol - mais um jogador mal escalado por Sampaoli - e trabalhar junto de Nestor, autor da assistência, em dobradinha para cima do inexperiente Wesley.
E por falar em Nestor, o cria de Cotia também merece uma citação especial. O jogador, outrora tão criticado por uma parte da torcida, deu mais uma assistência, a sua vigésima terceira na carreira e terceira em uma decisão. O meio-campista deu o equilíbrio entre ataque e defesa que o time não tinha demonstrado nas últimas partidas
Diante de tamanho domínio do São Paulo com seu jogo coletivo bem trabalhado, o placar acabou saindo barato. Considerando a força do adversário, o peso da conquista e o local da partida, o resultado se torna gigantesco. Contando com a força do Morumbi e o apoio da 'Torcida que conduz', o Tricolor tem tudo para, finalmente, vencer único título de expressão que falta em sua gloriosa galeria de troféus.
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