ANÁLISE: São Paulo vence e convence em jogo que pode ser divisor de águas na temporada
Tricolor começa com time alternativo, mas se impõe, não corre riscos e goleia com méritos o Santos na Vila Belmiro. Time abdica de cruzamentos e tem mais bola no chão
Quando os torcedores do São Paulo viram a escalação titular para a partida contra o Santos, muitos questionaram. Isso porque Rogério Ceni escolheu iniciar o clássico com um time alternativo, sacando nomes como Rafinha, Rigoni e Calleri, para as entradas de Igor Vinícius, Igor Gomes e Eder.
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No entanto, logo após o apito inicial, o plano de jogo já foi mostrado. Com mais toque de bola e um meio-campo leve formado por três jogadores revelados em Cotia - Pablo Maia, Igor Gomes e Gabriel Sara - o time conseguia exercer pressão sobre os jogadores do Santos e controlava a partida.
Coube aos jogadores mais experientes no ataque, Nikão e Eder, realizarem a jogada para abrir o marcador com o gol do atacante. No entanto, o primeiro tempo, em termos ofensivos, foi somente isso. Na defesa, o lado esquerdo, com Miranda e Reinaldo, tinha dificuldades para parar a velocidade de Ângelo.
No intervalo, o técnico Rogério Ceni percebeu e colocou Léo na lateral-esquerda e Nestor na vaga de Igor Gomes, A substituição resolveu o problema de marcação na lateral e deu mais fôlego no meio. Nestor entrou inspirado, participou de jogadas ofensivas e marcou o terceiro gol. Antes desse tento, uma outra virtude do time, o contra-ataque, apareceu para o gol contra de Bauermann.
Outro ponto precisa ser considerado: o baixo número de cruzamentos. Se antes, contra a Inter de Limeira, foram 60 bolas levantadas na área, diante do Santos foram apenas sete. Além disso, foram 14 desarmes, o jogo com melhor número nesse quesito do São Paulo no estadual.
É cedo para dizer que essa vitória pode determinar dias 'perfeitos' no São Paulo. Mas que é um caminho, isso com certeza.