ANÁLISE: aplausos e vaias garantem vitória do São Paulo com ares de ‘dramalhão mexicano’, mas novela continua
'Vilão' Marcos Paulo entrou, fez gol e garantiu emprego de Rogério Ceni por mais um tempinho
Talvez, pelo fato de estar em uma competição latina, enfrentando um adversário caribenho, o São Paulo resolveu homenagear um dos produtos mais bem executados no continente: as novelas. E o enredo foi típico dos melhores dramalhões mexicanos.
Senão vejamos: o cenário em que se passa a trama é um clube que acabou eliminado da competição estadual, em casa, nos pênaltis, por um adversário sem divisão nacional. A história já reservava emoções o suficiente quando um dos personagens teve que se retirar da trama, após ser acusado de um crime.
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Pois bem, seguimos: os personagens, abalados com o vexame dos capítulos caminhavam para uma sequência de calmaria quando, em um súbito levante, o cenário voltou a ficar tumultuado após o protagonista supostamente ter se envolvido em uma briga, discussão ou seja lá como você queira chamar com um personagem até então secundário.
Foi o começo de uma nova temporada repleta de emoções. O protagonista, primeiro, quis envolver novos personagens à trama, mudar sua direção. Teve de voltar atrás com os casos de contusões, suspensões... E a audiência simplesmente não se empolgou. Pediram a troca do mocinho da história. O fã-clube mais ferrenho do clube divulgou até carta...
Veio o capítulo desta terça. Lembram do vilão dos episódios anteriores. Em um plot twist de fazer inveja, entrou em cena e salvou o mocinho, que vinha protagonizando um vexame histórico, o que sacramentaria sua saída do folhetim.
Pudera, era mais uma atuação desastrosa de todo a companhia são-paulina. A equipe rodou, rodou, como 'carrossel', até encenou momentos de brilhos. Mas a maior parte do tempo foi superada pela audiência venezuelana.
Palmas e mais palmas para o então vilão, hoje alçado ao papel do protagonista...
E nosso mocinho protagonista? Como fica? Tudo depende de como a trama irá se desenrolar... No backstage dos estúdios o responsável pela melhor novela da América do Sul no ano passado aguarda ansioso, esfregando as mãos. O ambiente segue instável. E a plateia impaciente. E o 'dramalhão' no Morumbi continua. Afinal, 'os ricos também choram'...
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